4 partidos perdem deputados na Bahia

Com a criação de dois novos partidos, o cenário político baiano passa por mudanças representativas após a formação da chamada janela partidária, quando os políticos podem migrar sem perda de mandato. Nesse contexto, PR, PDT, PP e PMDB saem desfalcados das suas bancadas na Câmara Federal, boa parte, no entanto, dentro de prognósticos iniciais e que se alongavam há alguns meses.

A dança entre legendas começa pelos próprios dirigentes estaduais do Pros e do Solidariedade, Maurício Trindade e Marcos Medrado, respectivamente, que deixam o PR e o PDT. Trindade já sinalizava afastamento da cúpula do antigo partido desde a eleição de 2012, quando a sigla apoiou a candidatura de Nelson Pelegrino (PT) em Salvador e o deputado seguiu com o adversário ACM Neto (DEM). As trocas de farpas chegaram a ser públicas, porém houve uma retração quando o PR liberou o parlamentar para se filiar a outra legenda. E é o PR que tomou o maior baque na Assembleia Legislativa.

Foram dois deputados já desfiliados, Sandro Régis e Elmar Nascimento, e ainda há a perspectiva de desfiliação de GraçaPimenta, que pode sair para o DEM ou ainda para o Solidariedade, de Medrado.

Já os pedetistas esquentaram os ânimos recentemente, quando Medrado tornou público o apoio à criação do Solidariedade e ainda tentou levar outros dois correligionários, Félix Mendonça e Oziel Oliveira, que permaneceram na sigla. Sozinho, Medrado se tornou o único parlamentar a deixar a sigla na esfera federal e estadual – as negociações ainda não estão encerradas e podem haver mudanças, como a saída do ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, que ainda não tem futuro político definido.

O PMDB também não foi pego de surpresa. Desde janeiro, o deputado federal Arthur Maia já manifestava seu afastamento programático do partido na Bahia e conversava com outras siglas. “Ainda não filiei ao Solidariedade pelo registro não estar oficializado no sistema. Farei isso até sexta e me desfiliarei do PMDB amanhã (hoje)”, antecipou o quase ex-peemedebista. “Minha divergência é política. Saio do PMDB sem nenhum dificuldade ou problema”, assegura Maia. Por enquanto, mesmo nos bastidores, ele é a única baixa prevista para PMDB, tanto no espectro nacional quanto na Bahia, mas admite que o número de emigrantes pode ser maior.

“Vão vir vários amigos, mas agora estou preocupado com quem vai disputar a eleição no ano que vem”, completou.

A surpresa no momento, porém, coube ao deputado Luiz Argolo. Durante as especulações de bastidores, o nome dele não aparecia com frequência nas hostes dos migrantes e, de acordo com Medrado, teve a filiação ao Solidariedade ratificada ontem na Câmara Federal.  (Tribuna)

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