Adolescentes mentiram sobre suposto estupro no Sítio da Trindade, diz polícia

Durante as investigações, as jovens deram diversos depoimentos completamente divergentes, o que chamou a atenção da polícia

Delegada informou que as jovens serão autuadas pelo ato infracional equiparada à denunciação caluniosa / Foto: Divulgação/PCPE

Delegada informou que as jovens serão autuadas pelo ato infracional equiparada à denunciação caluniosa
Foto: Divulgação/PCPE

Na manhã desta segunda-feira (17), a Polícia Civil divulgou detalhes das investigações sobre um suposto estupro de duas adolescentes de 15 e 16 anos, no Sítio Trindade, Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. O caso teria acontecido na noite do dia 20 de setembro deste ano.

Na época, o suposto crime gerou um protesto de estudantes no início também no Sítio Trindade. Segundo a Polícia Militar, a manifestação aconteceu por causa da insegurança após a denúncia de que as adolescentes teriam sido violentadas.

De acordo com a delegada Thais Galba, Titular da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Criança e Adolescente (DECCA), durante as investigações, as jovens deram diversos depoimentos completamente divergentes, o que chamou a atenção da polícia. “Desde o momento em que nós conversamos com as vítimas, as informações tinham uma divergência absurda. Para nós, como investigadores, aquelas informações se tornaram completamente fragilizadas”, afirmou Galba.

A delegada também disse que após a divulgação do retrato falado de dois suspeitos, as jovens foram à delegacia reconhecer um dos homens que havia sido detido. No entanto, as adolescentes não identificaram o homem como um dos estupradores. “Nesse momento foi o auge do desespero. Elas choraram compulsivamente e acabaram não reconhecendo o homem, que era muito parecido como o retrato falado”, falou a delegada.

Segundo Thais Galba, durante o processo de investigação, a adolescente mais velha procurar a delegada e confessou que havia mentido aos policiais e que o retrato falado, na verdade, nada tinha a ver com as pessoas que praticaram atos libidinosos com elas. “Em um determinado dia, ela [a adolescente de 16 anos] nos procurou e disse que iria contar a verdade”, falou Galba. “Ela disse que não houve violência, que decidiu faltar aula como de costume e ir para o Sítio da Trindade. Lá encontrou alguns rapazes que decidiram ‘ficar’ com elas e elas aceitaram. Juntos resolveram ir para a parte de trás do parque, onde praticaram atos libidinosos”, continuou a delegada.

Denunciação caluniosa

Thais Galba acredita que, por uma das jovens não ter vida sexual ativa, as adolescentes decidiram criar a história. “Como elas tiveram atos libidinosos um pouco mais intensos, talvez lhe causaram desespero de ter perdido a virgindade”, falou a delegada, que informou que as jovens serão autuadas pelo ato infracional equiparada à denunciação caluniosa. (JC)

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