Álvaro Porto apoia tese de que o “Pacto pela Vida” já morreu

Álvaro Porto - foto Giovanni Costa

O deputado Álvaro Porto (PSD) disse na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (26), que a declaração do sociólogo José Luiz Ratton ao JC deste domingo (25) de que o “Pacto pela Vida” já morreu está em sintonia com o que ele vem denunciando naquela Casa desde 2015, ou seja, que a política de segurança pública do Governo do Estado fracassou.

Duas semanas atrás, o parlamentar disse que o “Pacto pela vida” entrou em falência neste segundo semestre de 2016 e que já se encontra “morto e enterrado” sem deixar herança.

Ratton é coordenador do Núcleo de Pesquisas em Criminalidade, Violência e Políticas Públicas de Segurança da UFPE e foi um dos principais idealizadores do “Pacto pela Vida”.

Na entrevista dada ao JC, ele disse temer que o primeiro Compaz construído pelo prefeito Geraldo Júlio no Alto de Santa Terezinha se transforme em “clube de bacana” em área pobre.

Ratton foi contestado pelo secretário de Segurança Urbana da prefeitura do Recife, Murilo Cavalcanti, para quem o sociólogo não deveria criticar o que não conhece.

“Respeito muito Ratton, mas ele foi infeliz. Critica o Compaz sem nunca ter ido lá. É um programa realizado com base na experiência de Medellín (Colômbia), onde estive 23 vezes discutindo segurança pública com as maiores autoridades da América Latina”, disse o secretário.

Para ele, a fragilidade do Governo e sua incapacidade de garantir a segurança viraram mesmo a marca registrada desta gestão. “Já cansamos de cobrar uma postura de Paulo Câmara em relação a ineficiência do secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. Agora, mesmo diante da opinião de um especialista como Ratton, o governador permanece sem tomar uma atitude”, disse.

Para Álvaro Porto, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, não tem mais condições de ficar no cargo porque os índices de violência em Pernambuco só têm aumentado.

“O governo vai confirmando a falta de pulso nesta área. As falhas e os desmandos da gestão são evidenciadas diariamente. Como explicar à população que um delegado tenha liberado um suspeito de ter praticado estupro no metrô? Como manter um secretário (Pedro Eurico) que declarou, sem constrangimento algum, conversar com presos por celular, como fez o titular da pasta estadual de Justiça e Direitos Humanos? Não dá para fazer de conta que tudo está dentro da normalidade”, disse o deputado Álvaro Porto, que é membro de um partido da base governista.

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