Apesar de anunciar trégua, Bolsonaro está sem trânsito no STF
Falta de interlocutores qualificados dificulta retomada da relação do Executivo com o Judiciário
No início do governo, os responsáveis pelas pastas com atribuição de dialogar com o tribunal eram Sergio Moro, no Ministério da Justiça, e André Mendonça, na AGU (Advocacia-Geral da União).
Apesar de não serem bem vistos por parte do STF, eles tinham proximidade com magistrados. Além disso, havia o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, que já foi assessor da presidência do tribunal e é próximo de diferentes ministros.
Os três deixaram o Ministério e foram substituídos por nomes sem trânsito no Judiciário. O chefe da Justiça, Anderson Torres, e da AGU, Bruno Bianco, têm se esforçado para criar canais de diálogo na corte, mas não têm histórico de relação com ministros e são vistos com receio no tribunal, informa reportagem da Folha de S.Paulo.