Após depoimento de Dilma, Aécio não vê mudança de votos; Humberto ainda acredita

Dilma Rousseff

No intervalo da participação da presidente afastada Dilma Rousseff em seu julgamento por crime de responsabilidade, senadores favoráveis e contrários ao impeachment divergiram em relação a um possível efeito nos votos dos colegas.

A sessão foi retomada às 14h13 após intervalo de pouco mais de uma hora para almoço, até antes do intervalo, apenas 10 dos 49 parlamentares inscritos tinham feito questionamentos à petista.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou que as respostas de Dilma foram evasivas e que tanto seu discurso inicial quanto os esclarecimentos individuais aos senadores não têm potencial de mudar as posições assumidas até agora.

“Foi um discurso político. Até correto, mas sem qualquer condição de impactar o voto de quem quer que seja. Um discurso protocolar, provavelmente uma peça para ser registrada na história, e tampouco o tom emocional anunciado por tantos eu percebi. As respostas estão longe de serem objetivas”, disse o tucano.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o discurso inicial de Dilma manifestou “seu total compromisso com a democracia” e tratou bem as acusações de editar decretos e pedaladas.

“Nas respostas [aos questionamentos dos senadores] acredito que ela está conseguindo trazer não somente novos elementos, mas posições muito firmes, para demonstrar que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Quem estiver de modo sincero indeciso deve estar acumulando informações e certamente vai votar conosco contra o impeachment”, diz o petista.

Humberto Costa rebateu também o questionamento de alguns senadores que se manifestaram contra o uso da palavra “golpe”. “Se eles querem impedir que a palavra golpe seja dita, vão precisar calar a imprensa internacional, calar parte da imprensa local, calar manifestantes, calar boa parte dos brasileiros”, afirmou.

Costa disse ainda que é estranho que o processo da presidente Dilma esteja sendo julgado quando o do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chamou de “bandido renomado”, esteja parado.

Com informações da Agência Senad
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