Após giro pelo Nordeste, Lula entre com os dois pés na campanha de Haddad

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Após fazer campanha para candidatos do PT e de partidos aliados, na semana passada, nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, o ex-presidente Lula participou neste domingo (25) do primeiro ato de campanha do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT), que, segundo o Datafolha, é o quarto colocado na corrida eleitoral e pode ficar fora do segundo turno.

Haddad, que tem 10% de intenções de voto, perde para João Dória (PSDB) que tem 25%, para Celso Russomano (PRB) que 22% e para Marta Suplicy (PMDB) que tem 20%. O 5º colocado é Luiza Erundina (PSOL) com apenas 5%.

Lula desfilou em cima de um carro de som no bairro de São Mateus, na zona leste da capital paulista. Ele tentou “nacionalizar” o discurso em favor de Haddad com críticas ao presidente Michel Temer, a mesma coisa que fez no Recife na última sexta-feira.

Disse ele: “Onde você chega no Brasil, incluindo São Paulo, o povo não aceita um governo que não tenha sido eleito democraticamente. O povo preferia nova eleição já. Mas o que eu acho estranho é que neste momento da história política de São Paulo o povo que grita ‘Fora Temer’ está, nas pesquisas, votando em três candidatos que apoiam o governo dele. Se o povo não quer um, como é que está aceitando três?”, perguntou o ex-presidente referindo-se a Dória, Russomano e Marta.

Segundo ele, entregar a prefeitura a qualquer um deles seria como colocar “a raposa para tomar conta do galinheiro”.

E acrescentou: “A gente sabe que raposa não toma conta de galinha. Tucano, que é menor que raposa, já come filhote de passarinho, imagine uma raposa”.

“O Dória (PSDB) vocês sabem quem ele é e o que ele representa. Ele fica falando do PT, mas o partido dele não fez pelo país 1% do que fez o Partido dos Trabalhadores”.

Sobre o candidato do PRB, disse o seguinte: “O amigo Russomanno, é melhor esperar terminar a campanha e voltar para a televisão e ficar naquele programinha dele, sendo defensor de coisa alguma”.

E sobre Marta Suplicy, alfinetou: “Tem muita gente da periferia que acha que a companheira Marta ainda é do PT. Não é. Ela mudou de lado. Fez opção pelo PMDB”.

Já o prefeito Fernando Haddad declarou o seguinte: “O que a oposição tem a oferecer? Olho para o Doria, para o Russomanno e para a Marta e não vejo nada de novo. Não adianta dizer: ‘sou gestor, sou gestor’, ou ‘vou cuidar de vocês’. Tem que dizer como vai fazer”.

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