O Fluminense enfrenta o Corinthians, às 16h, em Brasília, pressionado pelos números. A uma rodada de atingir a metade do Brasileiro, são 64,1% de risco de rebaixamento. Se não pontuar contra os paulistas, repete seu pior turno na era dos pontos corridos: o de 2009, quando só escapou da degola graças a uma reação histórica na reta final.
Mas outra marca é ainda mais preocupante: 27,5%, que resume o que tem sido o ano do Tricolor e o tamanho do desafio que ele tem pela frente. Trata-se do seu aproveitamento em 2019 contra equipes da Série A em todas as competições.
Nos 49 jogos da temporada, o Fluminense soma 19 vitórias, 13 empates e 17 derrotas. Este aproveitamento de 47,6%, no entanto, cai para 27,5% se considerarmos apenas as equipes da Série A — justamente os adversários que os tricolores terão pela frente até o fim do ano em sua missão de escapar do rebaixamento.
O desempenho é pífio. São cinco vitórias, sete empates e 15 derrotas. Com esta performance, o time de Oswaldo de Oliveira não conseguiria escapar da queda. Em geral, o primeiro a ficar fora do Z-4 conquista, pelo menos, 40% dos pontos. Este é o aproveitamento de quem conquista 46 pontos, pontuação apontada pelos matemáticos como suficiente para não ser rebaixado. O que mostra que o Fluminense ainda tem de evoluir. A começar por hoje.
Até mesmo no número de gols, a diferença é drástica. Os 73 gols marcados na temporada despencam para 30 quando se leva em consideração apenas os jogos contra equipes da elite — uma queda de 59% na produção ofensiva do time.
Já com a defesa ocorre o contrário: a maioria dos gols sofridos foram justamente nestes jogos. O total de 53 vezes em que a meta tricolor foi vazada em 2019 cai pouco: vai para 42. A diferença é de somente 20,7%. Este número ajuda a entender porque a zaga tricolor é a segunda mais vazada do Brasileiro, com 30 (atrás somente da Chapecoense, com um a mais).
— Creio que, neste momento, o fator mental é muito importante. Sabemos que nosso time não é para estar nesta situação. Temos tentado treinar bastante marcação, que é algo fundamental no jogo, e eu creio que vamos colher os frutos nos próximos jogos — disse o zagueiro Nino.
Oswaldo quer Ganso jogando como meia
O técnico tricolor afirmou que só não escalou o camisa 10 fora da posição de volante porque as circunstâncias não haviam permitido ainda. Hoje, contra o Corinthians, essa deve ser a principal novidade na escalação.
Com a volta de Allan, Oswaldo deve ter uma dupla de contenção com Yuri à frente da zaga, já que Aírton está suspenso. O técnico disse que também gostaria de contar o mais rápido possível com Caio Henrique como volante, em vez de improvisado na lateral-esquerda, posição atualmente carente no clube.
— Estamos buscando um zagueiro ta,bém, mas por enquanto, nossas tentativas no mercado foram frustradas.