Aproveitamento do Fluminense em 2019 contra rivais da Série A é de preocupantes 27,5%

Elenco tricolor ouve as orientações de Oswaldo de Oliveira (boné cinzento) no CT da Cidade de Deus
Elenco tricolor ouve as orientações de Oswaldo de Oliveira (boné cinzento) no CT da Cidade de Deus Foto: Daniel Perpetuo / Fluminense
Rafael Oliveira

O Fluminense enfrenta o Corinthians, às 16h, em Brasília, pressionado pelos números. A uma rodada de atingir a metade do Brasileiro, são 64,1% de risco de rebaixamento. Se não pontuar contra os paulistas, repete seu pior turno na era dos pontos corridos: o de 2009, quando só escapou da degola graças a uma reação histórica na reta final.

Mas outra marca é ainda mais preocupante: 27,5%, que resume o que tem sido o ano do Tricolor e o tamanho do desafio que ele tem pela frente. Trata-se do seu aproveitamento em 2019 contra equipes da Série A em todas as competições.

Nos 49 jogos da temporada, o Fluminense soma 19 vitórias, 13 empates e 17 derrotas. Este aproveitamento de 47,6%, no entanto, cai para 27,5% se considerarmos apenas as equipes da Série A — justamente os adversários que os tricolores terão pela frente até o fim do ano em sua missão de escapar do rebaixamento.

O desempenho é pífio. São cinco vitórias, sete empates e 15 derrotas. Com esta performance, o time de Oswaldo de Oliveira não conseguiria escapar da queda. Em geral, o primeiro a ficar fora do Z-4 conquista, pelo menos, 40% dos pontos. Este é o aproveitamento de quem conquista 46 pontos, pontuação apontada pelos matemáticos como suficiente para não ser rebaixado. O que mostra que o Fluminense ainda tem de evoluir. A começar por hoje.

Até mesmo no número de gols, a diferença é drástica. Os 73 gols marcados na temporada despencam para 30 quando se leva em consideração apenas os jogos contra equipes da elite — uma queda de 59% na produção ofensiva do time.

Já com a defesa ocorre o contrário: a maioria dos gols sofridos foram justamente nestes jogos. O total de 53 vezes em que a meta tricolor foi vazada em 2019 cai pouco: vai para 42. A diferença é de somente 20,7%. Este número ajuda a entender porque a zaga tricolor é a segunda mais vazada do Brasileiro, com 30 (atrás somente da Chapecoense, com um a mais).

— Creio que, neste momento, o fator mental é muito importante. Sabemos que nosso time não é para estar nesta situação. Temos tentado treinar bastante marcação, que é algo fundamental no jogo, e eu creio que vamos colher os frutos nos próximos jogos — disse o zagueiro Nino.

Oswaldo quer Ganso jogando como meia

O técnico tricolor afirmou que só não escalou o camisa 10 fora da posição de volante porque as circunstâncias não haviam permitido ainda. Hoje, contra o Corinthians, essa deve ser a principal novidade na escalação.

Com a volta de Allan, Oswaldo deve ter uma dupla de contenção com Yuri à frente da zaga, já que Aírton está suspenso. O técnico disse que também gostaria de contar o mais rápido possível com Caio Henrique como volante, em vez de improvisado na lateral-esquerda, posição atualmente carente no clube.

— Estamos buscando um zagueiro ta,bém, mas por enquanto, nossas tentativas no mercado foram frustradas.

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