A saída dos 6 procuradores havia sido apoiada pelo coordenador da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, após Dodge ter enviado uma manifestação ao Supremo pedindo que a homologação da delação Leo Pinheiro, da OAS, fosse feita excluindo dois trechos das acusações do empreiteiro.
Os trechos que haviam sido solicitados por Dodge de exclusão envolviam o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-prefeito de Marília, José Ticiano Dias Toffoli, irmão do ministro Dias Toffoli. Diante do pedido, seis procuradores da força-tarefa de Brasília pediram a saída.
Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira emitiram uma nota informando “incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF”.
Dallagnol e a força-tarefa de Curitiba apoiaram o ato de protesto contra a PGR pelo grupo e, agora, Aras, o novo procurador-geral escolhido por Jair Bolsonaro retoma os procuradores às suas funções. O grupo será coordenado pelo procurador José Adonis de Araujo Sá.
Nesta quarta (09), a PGR anunciou as funções da equipe que investiga a Lava Jato no Supremo: coletar depoimentos; coletar provas; ir a audiências; requisitar informações; e participar de negociações sobre acordos de delação premiada.