Um dia após o primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Diogo Moraes (PSB), divulgar nota detalhando os cortes no quantitativo de cargos (comissionados e efetivos), a Mesa Diretora voltou atrás da decisão de enxugar os 167 cargos e decidiu, nesta quarta-feira (2), reduzir em 63. A decisão foi anunciada por Moraes, após reunião com o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo de Pernambuco (Sindilegis-PE).

demitido cabeça baixa

“Tivemos reuniões com o sindicato todo o dia. A proposta que ficou acordada foi justamente cortar aquelas vagas que já foram preenchidas através de concurso público”, afirmou o primeiro secretário.

“A proposta inicial era de diminuir 147 (em cargos vagos efetivos), nós vamos reduzir em 63. Serão 63 cargos efetivos e 98 cargos comissionados. Isso num acordo feito entre a parte administrativa da Assembleia e o Sindicato dos Servidores da Casa”, continuou.

Esse montante, segundo Moraes, é fruto do objeto do concurso público cuja validade se encerrou no último dia 3 de julho. Ele também explicou que o acordo com a entidade trata de não preencher as vagas enquanto a Casa não tiver uma saúde financeira que vislumbre algo melhor no futuro. A ideia é que, com esses cortes, a economia seja de R$ 1,7 milhão só com a diminuição dos comissionados.

O presidente do Sindilegis-PE, Marconi Glauco, afirmou que a proposta inicial da organização era não cortar nenhum cargo vago. Mas, em relação ao número apresentado anteriormente de 167 cargos vagos, conseguiu reduzir para 63. “A gente conseguiu reduzir em 62% a quantidade de cargos que iam ser extintos”, afirmou. Ele explicou que o sindicato conseguiu tirar do Projeto de Lei 398/2015 o Artigo 5º, que permitiria consultores legislativos não atuassem na Consultoria Geral da Casa.

“Diante do que foi apresentado do PL 398, e o que a gente conseguiu na negociação, a gente considera que foi uma vitória do sindicato”, revelou.