Aumento da conta de luz afeta custos do setor produtivo
As indústrias eletrointensivas (consomem mais energia no processo produtivo) são as mais afetadas com a alta de energia. O presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, considerou preocupante o aumento de 16,74% para as grandes indústrias. Segundo ele, o impacto nos custos poderá variar de 1% a 30%, dependendo do tamanho da empresa. “Corre-se o risco de algumas indústrias repassarem para os preços, e outras economizarem no processo produtivo”. Redução de produção significa diminuição de mão de obra e mais desemprego.
No comércio algumas medidas de racionalização do consumo de energia estão sendo adotadas para reduzir o custo da conta de luz. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), Eduardo Catão, cita a troca de lâmpadas fluorescentes por LED e o monitoramento do uso do ar-condicionado. “No fim, quem vai pagar é o consumidor porque as empresas não poderão absorver todos os aumentos de energia”.
Nos centros de compras a preocupação é maior porque a energia elétrica é um dos principais insumos. De acordo com Raymundo de Almeida, diretor-executivo da Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), os lojistas já adotam ações de uso racional de energia. “Os aumentos de energia são preocupantes, mas o de preços é uma das últimas alternativas”, afirmou Almeida.