Baderna: MST desocupa prédio público em meio a cenário de destruição

Manifestantes denunciam o corte de verbas de quase 50% dos recursos do movimento fundiário

Grupo alegou que, após uma reação violenta da segurança, foi difícil conter os cerca de 500 manifestantes que ocupavam o espaço

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desocuparam a sede do Ministério da Fazenda, situada na avenida Alfredo Lisboa, no bairro do Recife, por volta das 16h30 desta segunda-feira (03). Após a saída deles, o cenário observado era de destruição. Os manifestantes alegaram que, após uma reação violenta da segurança, foi difícil conter os cerca de 500 manifestantes que ocupavam o espaço.

De acordo com a coordenadora geral do MST em Pernambuco, Cristiane Albuquerque, os manifestantes decidiram não realizar a passeata prevista para esta tarde porque os ministros em Brasília (DF) concordaram e receber as lideranças do movimento. Uma reunião com representantes do Governo Federal está marcada para as 9h30 desta terça-feira na Capital do País. “Todos os trabalhadores que estavam ocupando a sede do Ministério em Recife já voltaram para as suas cidades”, afirmou Cristiane. Ainda segundo a dirigente, os trabalhadores vão aguardar um posicionamento da direção nacional para saber se haverá ou não novas manifestações.

Clemilson Campos/Folha de Pernambuco

Local estava fechado e teve as portas quebradas

Na manhã desta segunda-feira, aproximadamente 500 pessoas ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda, na avenida Alfredo Lisboa, no bairro do Recife. O local, que estava fechado, teve portas quebradas pelo grupo. O protesto foi contra o ajuste fiscal do Governo Federal no orçamento da reforma agrária, anunciado no último mês pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Os integrantes do MST denunciam o corte de verbas de quase 50% dos recursos destinados ao movimento fundiário, que segundo os manifestantes, teria passado de R$ 3,5 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Eles criticam ainda a precariedade de assistência técnica nos assentamentos do Estado e a Lei da terceirização.

O grupo se concentrou no Marco Zero, no início da manhã, e seguiu em caminhada pelo bairro do Recife até o Ministério da Fazenda, onde permanecem concetrados e esperam o resultado de uma negociação que acontece em Brasília.

Fonte: FolhaPE

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