Bolsonaro: ‘Experimentem visitar área dominada pelo crime fardado como um policial’

“Maiores responsáveis pelas duras consequências às comunidades em operações são os próprios bandidos”, pontuou o presidente

Mattheus Miranda
Foto: Reprodução, Instagram/@jairmessiasbolsonaro
Foto: Reprodução, Instagram/@jairmessiasbolsonaro

 

Depois de elogiar a ação dos policiais na Vila Cruzeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar, na noite desta quarta-feira (25), sobre a operação que resultou em mais de 20 mortes na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo o chefe do Executivo nacional, a ‘esquerda’ demoniza policiais e suaviza criminosos como se fossem vítimas.

“Querem te convencer que marginais que, segundo suas próprias leis, queimam pessoas vivas em pneus, espancam, matam e esquartejam mulheres, além de outras práticas de fazer inveja a grupos terroristas internacional, jamais abririam fogo covardemente contra agentes de segurança”, escreveu o presidente no Twitter.

Segundo a Polícia Militar, a ação tinha o objetivo de prender em flagrante mais de 50 traficantes de vários estados que sairiam em comboio em direção à favela da Rocinha, na zona sul da cidade. O plano, porém, foi frustrado quando uma das equipes à paisana foi descoberta e atacada na entrada da comunidade, por volta das 4h.

“É preciso entender de uma vez por todas que os maiores responsáveis pelas duras consequências às comunidades em operações são os próprios bandidos. São eles que decidem enfrentar a lei e colocar a própria vida em risco, bem como a de inocentes, para não pagarem por seus crimes”, acrescentou Bolsonaro na publicação.

Ainda na postagem, o presidente reiterou o apoio aos policiais que agiram na Vila Cruzeiro. “É para cumprir a lei, não por diversão, que eles enfrentam todos os tipos de obstáculos”.

“É uma perversidade seguir relativizando o certo e o errado. Tratar marginais com extensa ficha criminal simplesmente como pobres é criminalizar o próprio cidadão pobre que vive sua vida honestamente e hoje é refém destas organizações. Pobre nunca será sinônimo de criminoso. Àqueles que, no conforto de suas casas insistem em inverter os valores e criticar as forças de segurança por todo o mal que acontece, sugiro que experimentem visitar uma área dominada pelo crime organizado fardado como um policial”, concluiu.

Os Ministérios Públicos federal e do estado do Rio iniciaram uma investigação com o objetivo de apurar eventuais violações de direitos durante a ação na comunidade da zona norte carioca.

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