Braga Netto: grupo edeológico perde espaço no Planalto

 

Do Blog do Camarotti

A confirmação do general Braga Netto para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil fortaleceu a ala militar do governo, restringindo a ação do chamado grupo ideológico no governo Jair Bolsonaro.

A percepção de auxiliares do próprio presidente Jair Bolsonaro é que foi dado um sinal claro de novo rumo no governo, com forte influência de três generais próximos e amigos: o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; e o futuro chefe da Casa Civil, Braga Netto.

Com esse movimento, Bolsonaro deu um sinal claro que deseja blindar o Palácio do Planalto de influência política.

Havia desconforto com o próprio ministro Onyx Lorenzoni, que agora deixa a Casa Civil, e que para se fortalecer no cargo tinha se aproximado da ala ideológica do governo.

Nas férias de janeiro, chegou a visitar nos Estados Unidos o ideólogo Olavo de Carvalho.

No ano passado, a ala militar do governo estava em alerta com as demissões dos ex-ministros Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Floriano Peixoto (Secretaria Geral da Presidência).

Com a queda dos dois generais, a sinalização foi de fortalecimento do grupo ideológico, que além de assessores diretos, ganhava protagonismo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Em determinado momento, o clima foi de perplexidade entre os generais, com a artilharia do ideólgo Olavo de Carvalho direcionada para o vice-presidente Hamilton Mourão, o ex-ministro Santos Cruz e até o general Villas Boas, assessor especial do governo.

Mas, nestes últimos meses, Bolsonaro voltou a se aproximar e ouvir mais os militares.

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