Categoria frustrada: Durante negociação salarial imposta em Juazeiro, prefeito comunista trata categoria dos professores com humilhações e falta de respeito

Ação Popular (AP)

O diretor regional da APLB/Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery, demonstrou a sua insatisfação com a administração do prefeito Paulo Bomfim (PCdoB) neste primeiro ano de governo que já sinalizou que o entendimento da administração não será o mesmo pregado pelo o ex-prefeito, Isaac Carvalho (PCdoB). De 8 (oito) itens da pauta de reivindicações referente a campanha salarial, nenhum foi cumprido, apenas o reajuste do Governo Federal – que é obrigação de cada gestor – quando foi cumprido através de projeto de Lei que foi enviado para Câmara Municipal nesta terça-feira (21) referendando o reajuste em 7,64%. Outro fato lamentável apresentado pelo líder sindical é de que o ‘prefeito comunista’ não recebeu a categoria para negociar, apenas repassou para seus assessores o que já tinha determinado isoladamente.

“A categoria anseia por negociações que possam alcançar um pouco mais o reajuste, visto que somos uma categoria que estamos muito abaixo do ponto de vista salarial dos graduados, por isso, que a gente esperava que o município sentasse com a categoria para renegociar um ajuste salarial maior do que foi anunciado”, lamentou Gilmar.

Categoria Frustrada 

Para Gilmar, foi desnecessário este anúncio ser feito na Câmara Municipal. “Se foi um reajuste nacional, então poderia ter sido anunciando durante a Jornada Pedagógica, não precisava fazer reunião com o sindicato para manter este valor, houve de certa forma uma frustração por parte do sindicato e toda a categoria que almejava o reajuste de 8% – isso já seria algum beneficio para a categoria”.

Pauta rasgada

Ainda assim, o diretor disse que no dia 03 de janeiro foi entregue uma pauta de reivindicação a Secretária de Educação Lucinete Alves da Silva e a categoria aguardou uma resposta, que segundo ele, veio em pedido de oficialização. “Portanto oficializamos a pauta com os anseios da categoria, entre eles, a ação de regência, ação dos recursos de 2008 (aposentados), mudança de classe do plano anterior como reajuste de 3%, licença prêmio, regularização da VPN, estabilidade econômica, 13° salário que em sendo calculado errado, o reajuste salarial para 2017 e vantagem de titulação para os trabalhadores aposentados. Nada disse foi aceito”.

Falta de respeito 

“A reunião ficou marcada para o dia 20 de janeiro e quando chegamos ao local da reunião não foi com o prefeito Paulo Bonfim e sim o Chefe de Gabinete Clériston Andrade, foi uma frustração. Clériston já estava orientado a não ceder em nenhum ponto, não houve consenso, ele se retirou e deixou a gente sem nenhuma resposta. Isso é um desrespeito para com a categoria. Esperamos que a prefeitura se sensibilize e marque uma nova reunião”, lamentou.

Líder sindical lamenta comportamento de prefeito

Administração perdida e sem argumento

Ainda segundo Gilmar Nery, o Chefe de gabinete Andrade Andrade alegou que não haveria previsão de melhorias nos repasses dos recursos por parte do Governo Federal, pois o sindicalista apresentou à reportagem do AP um demonstrativo de distribuição de arrecadação, adquirida através do site do Banco do Brasil que mostra uma situação totalmente diferente da qual foi argumentada pelo secretário. “Sendo que o FUNDEB já foi repassado para o município até hoje dia 22 mais de R$ 18 milhões, então isso não é falta de dinheiro, a economia já está se restabelecendo e isso já vem sendo anunciado. Nossos anseios é que a categoria seja atendida com os nossos pontos de pautas e que tenhamos um reajustes acima do que foi dado pelo Governo Federal”.

Veja abaixo os valores repassados até o momento, podendo ultrapassar R$ 20 milhões até o final do mês de acordo previsões

Problemas detectados

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e o Ministério Público tem exigido dos gestores municipais a realização de concurso e a convocação imediata dos aprovados, mas pelo visto as vagas oferecidas abaixo do número necessário cujo objetivo é atender os apadrinhados políticos e seus partidos em troca de apoios, prejudicando assim o espaço de quem tem condições de assumir seus postos.

“Acho que o município deveria rever as contratações, o excesso de cargos na secretaria de educação e o número excessivo de contratações que inviabilizam os reajustes”.

Devido a isso, o diretor deixou bem claro que APLB vai atuar mais ainda nas fiscalizações. “Vamos estar atentos e vamos trabalhar mais de perto com os conselhos, inclusive do FUNDEB, onde já oficializamos e queremos saber o valor do recurso, mais ainda não obtivemos a resposta. O demonstrativo da receita que temos hoje está em mais de R$ 12 milhões, então não sabemos o que impactaria um reajuste de aumento de 0,3% no complemento do 8%”, questionou.

Relação do sindicato com a administração municipal

“A nossa relação é de respeito, a nossa missão como diretoria é defender a categoria dos professores, uma coisa que jamais abriremos mão”.

Problemas no IPJ

Sobre a prestação de contas do Instituto de Previdência de Juazeiro – IPJ, ele explicou. “Existem os conselhos que estão acompanhando todos os balancetes financeiros e eles que tem essa responsabilidade. O que sabemos é que houve outro parcelamento no IPJ por conta que o município deixou de repassar em 2016 alguns recursos, período este que o Professor Antonio Carlos estava afastado para a sua candidatura de vereador e isso gerou outro parcelamento, sem nem se quer ter terminado o parcelamento anterior, isso desequilibra toda projeção, é muito grave e preocupante. O IPJ é a vida dos servidores municipais, esperamos que as contas do IPJ melhorem e isso só pode ser feito através de anúncios de concursos públicos”, concluiu.

Com a palavra a Administração Municipal.

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