O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República com chances de crescer e ganhar a eleição, pisou na bola outra vez, neste final de semana, jogando fora apoios políticos importantes que poderiam fortalecer sua candidatura.
Questionado, na Argentina, sobre a possibilidade de receber o apoio do PP e do DEM, que externaram simpatia por sua candidatura, o ex-ministro respondeu que precisa, primeiramente, fechar alianças com o PSB e o PCdoB para garantir a “hegemonia moral e intelectual” da sua chapa.
O PP tem vários dos seus deputados envolvidos na Operação Lava Jato Câmara, ao passo que o presidente da Câmara e presidenciável Rodrigo Maia (DEM-RJ) aparece na lista dos políticos que teriam recebido dinheiro irregular da Odebrecht.
Para tentar amenizar o mal-estar causado pelo irmão, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), teria telefonado para o próprio Rodrigo e o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para dizer que tudo não passou de um “mal entendido”.
A frase de Ciro Gomes foi a seguinte: “Nesse primeiro momento, minha prioridade são o PSB e o PCdoB. Se esta aliança se faz, posso avançar em partidos do centro à direita, porque a hegemonia moral e intelectual do rumo estará afirmada. Poderia incluir o PP e o DEM, desde que eu tenha o PSB e o PCdoB”.