Coisas da política em Juazeiro

História doida da política

Mauricio Amaral, trovão, João e Manoel Leão eram os coordenadores do Comitê do ex-prefeito Doutor Elias Alves no ano de 1988. Na época, muitos candidatos a vereadores ficavam sentados na porta do comitê no inicio da manhã esperando Elias chegar para pedir a cota de dez litros de gasolina. Um certo dia, o coordenador do comitê estava com o talão fazendo a distribuição quando foi pressionado por alguns candidatos sem votos que diziam que o carro estava ‘andando no cheiro’. Ele pegou um porrete e meteu em cabra safado expulsando do local.

As sessões da câmara na época existia um grande embate entre oposição e situação

A comédia  

O jornalista Carlos Barbosa era o locutor de campanha. Durante as caminhadas pelos bairros gritava: “Elias é muito mais…” Por sua vez um bocado de meninos atrás sem camisa e de calção rasgado no fundo ficavam fazendo gestos com as mãos. Elias pegava ar e com toda aquela educação sem tamanho, gritava para as pessoas do lado: “Mande aquele fila da puta parar com aquilo. Caralho!”

Na época, o povo participava mais da política

O slogan de campanha do Coronel Geraldo era ‘O grito do povo’ que na época era pintado nas paredes espalhadas pela cidade. Os vagabundos não perdoavam e acrescentavam os dizeres: “Ai ai ai, não me bata mais…”

O prefeito da época foi Jorge Khoury, mas quem venceu foi Joseph Bandeira em seu primeiro mandato 

****

O Coronel Geraldo chegou um certo dia no comitê, e um pidão cara de pau se dirigiu à ele com recibo de conta de luz. “Tem como o senhor pagar a minha energia?”

Ele com seu jeito educado, simples e honesto respondeu na taba da cara: “Não tenho dinheiro para pagar luz de vagabundo”.

***

O velho Gilbrás do carro de som era uma onda. Foi outro que marcou a história da política juazeirense. Como locutor só tinha ele e Clésio Rômulo Atanásio. Os dois só andavam se bicando. Um certo dia, Gilbráz estava no arte foto da Rua da 28, e achou de falar de Clésio. Um fofoqueiro ouviu e foi correndo falar para Clésio que assim respondeu: “Quer dizer que ele estava falando de mim, dizendo que eu era enrolado, pois quando encontra vai se ver comigo aquele cachorro”.

Nos comícios, o carro de som alugado era o de Gilbrás. Ele também era candidato a vereador, e quase todas as vezes ele era uma comédia de cima do caminhão apresentando os candidatos. “Quem não quiser votar em Paulo César ou Manuzinho, vote em mim.” Com isso, o coitado do Paulo César só faltava infartar de raiva, e Manuzinho da ponta da carroceria gritava: “Que porra é esta?”

Outro dia, Gilbrás chegou a dizer durante o comício no bairro Santo Antonio: “Hein gente, este microfone falhando não é meu, é do candidato Manuzinho”. Ai Manu aloprou de raiva e decidiu sair em sua direção puto de raiva, e ele se escondendo. Para amenizar a situação, Gilbrás gritou do microfone durante apresentação. “O candidato a vereador Manuzinho é um excelente e faz parte deste grupo. batam palmas para ele”. Manu que estava com raiva, se preparando para dá um porrada segura, terminou rindo e foi abraçar seu velho parceiro.

No final de um determinado comício, Gilbrás não aguentou os beliscões de mais de cem candidatos de discurso ruim, ignorante e sem votos que queriam usar do microfone. Teve uma hora que ele pegou ar e mandou um recado: “”Quem quiser falar, que compre o óleo para colocar no carro”.

****

Durante uma caminhada no bairro Malhada da Areia, o filho de um vereador valentão chegou em um carro assustado, numa crise de choro danada. Ele se dirigiu ao pai e gritou: “Meu pai vamos embora que aqui só tem ladrão”. Na mesma da hora, ele retrucou com um trêsoitão na cintura. “Cale a boca menino que aqui só tem bandido”.

Quando era no final dos comícios, Manoel Leão, Trovão, Maurício Amaral, João e Charles Bundão se juntavam em um bar para fazer resenha dando risadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *