Articulado por Temer, senadores se organizam para darem o golpe no companheiro Renan

Os senadores do PMDB, que passaram mais de quatro horas reunidos com o presidente Michel Temer nesta quarta-feira, 24, fizeram queixas em relação à atitude critica do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e afirmaram ao presidente que será preciso articular a saída do peemedebista do posto. Dos 22 senadores, 17 participaram do encontro.

Segundo fontes, durante a reunião, muitos consideraram como “gota d’água”, as declarações de Renan feitas na terça-feira, 23, nas quais ele defendeu abertamente a saída de Temer para a realização de eleições indiretas. Na terça, durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Renan disse que “o ideal seria conversar com o presidente para fazer uma transição rápida e negociada”.

De acordo com o que foi conversado no Planalto, os senadores ficaram de ter uma nova reunião da bancada no Senado para acertar a sucessão do agora declarado “ex-aliado”. Segundo auxiliares de Temer, muitos senadores se queixaram e disseram que ele tem expressado opiniões sem consultar a bancada. “Um líder não pode constranger a sua bancada”, disse uma fonte.

Apesar de interlocutores do presidente destacar que na reunião os parlamentares mostraram “apoio total” ao presidente, segundo apurou a reportagem, ao menos quatro senadores – os conhecidos aliados de Renan – saíram em sua defesa: João Alberto Souza (MA), Hélio José (DF), Elmano Férrer (PI), Jader Barbalho (PA).

Além de Renan, não foram convidados para a reunião articulada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá, os senadores Kátia Abreu, Eduardo Braga e Roberto Requião. Apesar de serem da ala oposicionista no partido, segundo o Planalto, na ultima reunião do dia 9 todos haviam sido convidados. O senador Zezé Perella (MG), que não esteve na reunião, segundo o Planalto, justificou sua ausência ao presidente.

Sem renúncia. Temer, segundo fontes do Planalto, fez um discurso em que defendeu a necessidade de que as reformas continuem andando e que os senadores também têm a responsabilidade de não deixar o País parar. Segundo relatos, ao se despedir os parlamentares, Temer afirmou que eles poderiam ficar tranquilos que seu mandato só iria terminar em dezembro de 2018.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), segundo fontes do Planalto, citou as acusações contra ele, se justificou e demonstrou apoio a Temer, que, após ser citado na delação da JBS, teve um inquérito aberto no STF. A senadora Simone Tebet, de acordo com interlocutores de Temer, foi uma das que falou abertamente sobre a “sugestão equivocada” de Renan sobre eleições diretas. Segundo a senadora, além de inconstitucional, a medida não acabaria com a crise política.
Fonte: noticiasbrasilonline.com.br

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