Consórcio dos Estados não pode ser igual ao dos nossos municípios

Amanhã (14), no vetusto Palácio dos Leões, em São Luís (MA), os governadores nordestinos vão assinar um protocolo de intenções visando à criação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Esse instrumento proporcionará aos 9 Estados a compras de bens de serviços de forma compartilhada, tais como medicamentos e material escolar, bem como a celebração de parcerias nas áreas de segurança pública, meio ambiente, tecnologia e inovação. Hoje, existem 13 consórcios intermunicipais em Pernambuco, mas nenhum deles funciona satisfatoriamente.

Alguns, de consórcio mesmo só têm o nome, pois se compra muito pouco e se contrata menos ainda, de forma consorciada, porque muitos prefeitos não querem abrir mão de administrar os seus próprios recursos. Oxalá os governadores do Nordeste ajam de maneira diferente e botem o consórcio para funcionar nos mesmos moldes que já funcionam os consórcios de prefeituras no Paraná e em Minas Gerais, um exemplo para o Brasil (o ex-prefeito de Bonito, Laércio Queiroz, é quem mais entende de consórcio em Pernambuco).

Imagine os nove governadores comprando em bloco medicamentos para os hospitais dos seus estados, e material escolar e fardamento para as redes estaduais de ensino. Óbvio que se terá uma redução brutal nos preços, pois quem compra 100 mil unidades de um produto pode barganhar o preço e pagar bem menos que o valor convencional. Isso será perfeitamente possível, desde que o consórcio dos estados não seja uma mera repetição dos consórcios dos municípios, cuja maioria existe apenas no papel porque não proporcionam nenhum tipo de economia para os seus municípios. (Inaldo Sampaio)

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