Coronel da PM acusado de roubo quer ir ver o Mickey

Réu com outros 15 PMs em processo sobre roubo qualificado e extorsão mediante sequestro de traficantes de drogas, o ex-comandante do 17º Batalhão (Ilha do Governador), o tenente-coronel Dayzer Corpas sonha com a Disney. Mesmo fora do período de férias escolares, ele pediu autorização à juíza da Auditoria da Justiça Militar, Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, para ir a Orlando, Estados Unidos, com a mulher e filhos, do dia 25 deste mês a 5 de outubro.

No ano passado, antes de ser preso em outubro, ele havia passado uma semana em Miami, território americano, com a família. Na ocasião, foi monitorado por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, quando chegou ao Aeroporto Tom Jobim. Para percorrer quase sete mil quilômetros em 11 horas de voo do Rio a Orlando, Corpas ainda terá que passar pelo crivo da Justiça.

Ano passado, antes de ser preso, Dayzer tinha viajado para Miami

No pedido da viagem, que tem anexo passagens e hospedagem em hotel, o promotor Décio Alonso, do Ministério Público, que atua junto à Auditoria da Justiça Militar, pediu que o oficial apresente a autorização do estado. É que, para deixar o país, militares de alta patente têm que ter a chancela do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

No processo a que responde em liberdade desde fevereiro, Corpas alega ser inocente. Mas foi denunciado pelo Ministério Público em função de, em março de 2014, PMs do 17º BPM terem cercado cinco traficantes, na Ilha. O grupo estava em um carro com quatro fuzis. Ação foi filmada por câmeras da base aérea do Galeão. Três criminosos foram colocados na viatura, enquanto dois conversavam com o tenente Vítor Mendes. Segundo a denúncia, Corpas teria falado com Vitor pelo celular.

Só três bandidos e um fuzil foram apresentados na 37ª DP (Ilha). Os policiais teriam recebido propina de R$ 300 mil.O DIA ligou para advogado de Corpas, Júlio Leitão, mas ele não respondeu às ligações.

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