‘Corretor das estrelas’, indiciado por atuar com ‘Faraó dos Bitcoins’, é preso em São Paulo; ele estava foragido

Michael Magno aparece ao lado de helicóptero em foto postada nas redes sociais

Michael Magno aparece ao lado de helicóptero em foto postada nas redes sociais Foto: Reprodução
Rafael Nascimento de Souza

A Polícia Federal prendeu na tarde desta terça-feira um dos foragidos da Operação Kryptos II, realizada no mês passado. Michael de Souza Magno, conhecido como o “corretor das celebridades”, foi localizado quando passava pela Rodovia Castelo Branco, em Araçariguama, em São Paulo, a bordo de um Jaguar.

Assim como Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, Michael Magno já havia sido denunciado por fraude contra o sistema financeiro nacional. No entanto, seguia foragido. O homem foi encaminhado a um presídio da capital paulista e será transferido para o Rio nesta quarta-feira. Michael ficou conhecido no eixo Rio-São Paulo por aparecer em fotos ao lado de artistas para os quais já teria vendido imóveis.

A Operação Kryptos coloca o corretor como um importante operador da GAS que prometia 10% de rendimentos mediante investimento em criptomoedas.

Embora a investigação pontue que não há vínculo formal entre o corretor e Glaidson, Michael era, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), ligado ao casal Tunay Pereira Lima e Marcia Pinto dos Anjos, ambos presos no mesmo dia que o ex-garçom — em 25 de agosto — durante a operação. Michael declarou, em 2021, bens e rendimentos tributáveis de mais de R$ 32 mil, além de um patrimônio de pouco mais de R$ 293 mil.

Os policiais descobriram ainda notas fiscais de compras feitas por Michael em que constam o e-mail pessoal de Tunay. Além disso, ele também adquiriu duas mesas de jogos nas quais o endereço de entrega é o do próprio Glaidson.

Ainda segundo o MPF, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, Michael movimentou mais de R$ 9,6 milhões em uma única conta-corrente. O suspeito foi denunciado em 5 de outubro e a 3ª Vara Federal Criminal do Rio o tornou réu junto com Glaidson e outras 16 pessoas.

Na segunda fase da operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão no Rio contra João Marcus Pinheiro Dumas Viana, também apontado pelos investigadores como operador, e Michael Magno, ambos ligados a Glaidson. Em uma escuta telefônica autorizada pela justiça, Michael afirma que Glaidson deveria deixar o país o mais rápido possível.

A defesa de Michael de Souza Magno foi procurada, mas não retornou até a publicação desta reportagem.

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