Covid-19: Mais de 99% das escolas de educação básica suspenderam as aulas
MChe Lee/Unsplash

Covid-19: Mais de 99% das escolas de educação básica suspenderam as aulas

A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) mostrou que a educação básica no Brasil foi altamente impactada pela pandemia. O estudo foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontou que o tempo médio de suspensão das atividades presenciais de ensino e aprendizagem em 2020 somou 279,4 dias. Os resultados do trabalho foi publicado nesta sexta-feira.

A SIS também mostra que, na rede pública, a média de atividades suspensas presencialmente foi de 287,5 dias, e, na rede privada, de 247,7 dias. A região Nordeste foi a que apresentou maior período de suspensão das aulas presenciais, um total de 299,2 dias.

No geral, 99,3% das escolas da educação básica de todo o país suspenderam as atividades presenciais e 90,1% não retornaram no ano letivo de 2020. Dessas escolas, 42,6% promoveram aulas pela internet, sendo 35,5% na rede pública e 69,8% na rede privada.

Os estados que menos adotaram o ensino remoto na educação básica foram Acre, Amazonas, Pará e Roraima, respectivamente. Em contrapartida, os locais que mais escolheram aulas virtuais foram o Ceará e o Distrito Federal.

Em novembro do ano passado, o IBGE mostrou que 2,4% dos estudantes de 6 a 17 anos frequentavam aulas presenciais normalmente e 5,4% de forma parcial, enquanto 92,2% não tinham aulas presenciais.

Acesso à internet

De acordo com o IBGE, em 2019, 54% dos estudantes de 15 a 17 anos tinham internet e computador ou notebook em casa. Desses alunos, 48,6% eram da rede pública e 90,5% da rede privada.

Durante o ano letivo de 2020, 9,2% das escolas disponibilizaram equipamentos para que os alunos pudessem acessar às aulas online. Os estados Amapá, Rondônia e Ceará foram os que menos forneceram esse tipo de suporte aos alunos. Já os estados Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Distrito Federal foram os que mais ofertaram esse suporte.

Os maiores percentuais de estudantes de seis a 17 anos de idade que frequentavam escolas sem atividades presenciais e sem oferta de atividades escolares foram constatados, em novembro do ano passado, na Região Norte (25,4%) e o menor na Região Sul (2,3%). A proporção de alunos matriculados nessas escolas é maior na área rural (15,9%) e na rede pública (12,4%), o que é 4,3 vezes superior ao da rede privada.

Entre os estudantes de 15 a 17 anos, 35,6% dos dedicaram menos de duas horas diárias às atividades escolares em novembro de 2020, ante 43,9% dos estudantes de seis a 14 anos de idade