Cruzeiro elege Libertadores como prioridade e busca lições para tentar o tricampeonato

Clube aposta num grupo experiente na luta por mais um título no torneio

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Já conhecendo desde 20 de dezembro dois dos adversários na fase de grupos da Copa Libertadores, além dos concorrentes a terceiro rival no Grupo 5, o Cruzeiro se planeja para brigar pelo tricampeonato na competição, enquanto mira os outros desafios de 2018. Mesmo sob nova administração, o clube precisa tirar lições das duas últimas participações, nas quais, ainda que em cenários distintos, amargou desfecho idêntico: a eliminação nas quartas de final para times argentinos que terminariam campeões.

Em 2014, a equipe era praticamente a mesma que havia encantado o Brasil em 2013 com a conquista do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos a mais que o vice-campeão.  Porém, nem com o goleiro Fábio, o zagueiro Dedé e os armadores Éverton Ribeiro em grande fase conseguiu se impor.
O time se classificou às oitavas de final em segundo lugar no Grupo 5, com 10 pontos, um a menos que o Defensor-URU. As maiores surpresas na fase classificatória foram a derrota por 2 a 1 para o Real Garcilaso-PER, na estreia em Huancayo, e o empate por 2 a 2 com os uruguaios, em pleno Mineirão, diante de quase 40 mil torcedores.
Depois de passar pelo Cerro Porteño-PAR com empate em casa (1 a 1) e vitória em Assunção (2 a 0), a Raposa chegou bem às quartas de final, especialmente após ter batido o Atlético na final do Campeonato Mineiro. Porém, perdeu por 1 a 0 para o San Lorenzo, em Buenos Aires, e não passou de 1 a 1 no Mineirão, para decepção dos cruzeirenses.
No ano seguinte, o Cruzeiro novamente chegou à Libertadores por ter sido campeão brasileiro, desta vez com 10 pontos de vantagem. No entanto, houve verdadeiro desmanche do grupo, que perdeu jogadores importantes, como o lateral-esquerdo Egídio, os volantes Nílton e Lucas Silva e os craques Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart.
Para o lugar deles chegaram atletas promissores, como os armadores De Arrascaeta e Gabriel Xavier e o atacante Joel, e houve apostas em figuras rodadas, como os atacantes Leandro Damião e Henrique Dourado e o volante Willians.
Ainda que o técnico Marcelo Oliveira tenha sido mantido, o time não se encaixou. Embora tenha se classificado em primeiro no Grupo 3, com 11 pontos, só foi vencer na terceira rodada, ao fazer 2 a 0 no Mineros-VEN, em Puerto Ordaz, depois de empatar sem gols com o Universitario-BOL, em Sucre, e com o Huracán-ARG, no Mineirão.
Para passar das oitavas de final, na qual enfrentou o São Paulo, teve de recorrer à disputa de pênaltis, após derrota fora e vitória em casa, ambas por 1 a 0. Nas penalidades, brilhou, como quase sempre, a competência de Fábio, que defendeu as cobranças de Luís Fabiano e Lucão, além de contar com chute de Souza para fora.
Diante do River Plate, o começo não poderia ter sido melhor: 1 a 0 em Buenos Aires, gol de Marquinhos, e vantagem de decidir a vaga em casa jogando até pelo empate. Mas tudo saiu errado e os argentinos venceram por 3 a 0 no jogo de volta, para desespero dos cerca de 55 mil cruzeirenses que lotaram o Gigante da Pampulha.
REMANESCENTES
Do grupo atual, estiveram nas duas últimas participações do Cruzeiro na Libertadores jogadores como Fábio, o zagueiro Manoel, o volante Henrique e o armador Alisson. Com a chegada do atacante Fred e de outros reforços, como o volante Bruno Silva e o lateral-direito Edílson (campeão da Libertadores com o Grêmio neste ano), a esperança da torcida é de que o time esteja bem melhor preparado para ir mais longe na competição, a prioridade inicial de 2018 para a Raposa.
Memória
Mirem -se no exemplo
Os anos de 1976, do primeiro título, e 1997, do bicampeonato, são emblemáticos para o Cruzeiro na Libertadores. O troféu inicial foi garantido numa decisão envolvendo três confrontos com o River Plate: 4 a 1 para a Raposa no Mineirão, 2 a 1 para os argentinos em Buenos Aires e 3 a 2 para o time celeste no Estádio Nacional de Santiago. O bi veio com um empate por 0 a 0 com o peruano Sporting Cristal em Lima e vitória por 1 a 0 no Gigante da Pampulha.
Os adversários
Racing-ARG
Universidad de Chile
A definir
A estreia
Racing x Cruzeiro,
27 de fevereiro, na Argentina

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