‘Depoimento de motorista leva ao impeachment do presidente’

O motorista Fabrício José Carlos de Queiroz, que atende à família Bolsonaro, pode se transformar no novo Eriberto França, o motorista de Collor de Mello, cujo depoimento determinou o impeachment do presidente da República em 1992.

Collor e Bolsonaro têm algumas semelhanças, além do escândalo de corrupção cujo pivô é um motorista.

O presidente eleito copiou bordões do collorido há exemplo da promessa de “caçar marajás” com a reforma da previdência.

As circunstâncias da eleição de Collor e Bolsonaro também são bastante parecidas.

Na eleição de 1989, quando derrotou o PT, Fernando Collor de Mello elegeu-se pelo nanico PRN — sem base de sustentação no Congresso Nacional — e perdeu as condições de governar em 1992. Sofreu impeachment.

Neste ano de 2018, Jair Messias Bolsonaro foi eleito pelo nanico PSL, derrotando o PT no segundo turno, e agora bate cabeça com suspeitas de corrupção antes mesmo de assumir o Palácio do Planalto. Há quem defenda que o capitão reformado do Exército nem suba a rampa no dia 1º de janeiro de 2019.

No caso de Collor, o motorista Eriberto revelou que PC Farias bancava as despesas da família do presidente, como a compra de um Fiat Elba e a famosa reforma na Casa da Dinda, um imóvel particular transformado em residência oficial.

No caso de Bolsonaro, o Ministério Público Federal ainda não tomou depoimento de Queiroz — o motorista que movimentou atipicamente R$ 1,2 milhão, segundo o Coaf(Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Veja a explicação de Collor de Mello sobre o esquema de corrupção (1992):

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