Deputado preocupado com o alto índice de suicídios de agentes da Polícia Federal

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Da Redação

Durante a greve de três dos agentes da Policia Federal em todo o país, o Sindicato e Federação Nacional dos Agentes denunciaram o esvaziamento da instituição e os vários problemas enfrentados, inclusive questões relacionadas à saúde.

Na tribuna da Câmara dos Deputados em Brasília, Gonzaga Patriota (PSB) proferiu discurso sobre o tema. O parlamentar externou sua preocupação e apresentou dados de uma revista que tem matéria matéria intitulada “Onda de suicídios assustam” sobre o alto índice de suicídios entre policiais federais. Em um ano 11 agentes da Polícia Federal tiraram a própria vida.

De acordo com o parlamentar, em 40 anos, 36 policiais perderam a vida no cumprimento do dever. Entre 2012 e 2013 um terço deste total se suicidou. “São absurdas e assustadoras essas estatísticas, e superam quaisquer outras registradas em outros países. Isso se torna ainda mais preocupante quando constatamos que as ações da Polícia Federal são extremamente perigosas, expondo todos os dias os seus agentes a eminentes riscos de morte. Algo de muito grave está ocorrendo para que o número de suicídios seja bastante superior ao número de mortos em ação”, destacou Patriota.

Ele qualifica como epidêmicos esses altos índices de transtornos mentais que atingem os policiais federais, mas o parlamentar acredita também que existam outros fatores que contribuem para esse quadro, entre eles a falta de acompanhamento profissional.

“Segundo o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal, há apenas cinco psicólogos para uma corporação de 10 mil pessoas, não há vagas para consultas e tampouco acompanhamentos dos casos. Aliado a isso a Polícia Federal encontra-se com salários extremamente defasados, que levam os policiais a se endividarem, como ocorreu com o policial Lúcio Mauro de Oliveira Silva, de 38 anos, que se matou em março deste ano, após se encher de dívidas, em Pacaraíma, Roraima”, disse.

Patriota lembra ainda que são inquestionáveis os desgastes psicológicos das atividades policiais. Diversos estudos apontam que é a atividade profissional mais estressante do mundo, e por essas razões deveria ser também uma das mais bem remuneradas. Em alguns países isso ocorre, e a profissão de policial é altamente compensada, tanto no aspecto financeiro, quanto no prestígio conquistado junto à população. Mas, infelizmente no Brasil isso não ocorre.

O deputado lamentou a situação e afirmou que lutará para modificar esta realidade. “Sempre pautei meus muitos mandatos pela valorização e reconhecimento incondicional da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, dos Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros. Não podemos admitir uma situação como essa. Temos de lutar, junto com o Ministro da Justiça e outros integrantes do governo para valorizar e tratar melhor nossos policiais federais”, finalizou.

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