Deputados desocupados querem proibir decote e minissaia

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Em meio à crise econômica e política pela qual o país atravessa, a Câmara encontrou tempo para discutir a regulação do vestuário feminino na Casa. O alvo do “dress code” (código de vestimenta) parlamentar são os decotes acentuados e as minissaias, que podem estar com os dias contados nos corredores e salões da Câmara.

 

O primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que está preparando uma proposta de regulação, com foco nas mulheres, para apresentar à cúpula da Câmara.
“As vezes há excessos dentro da Casa, que todos nós vemos, então temos que diminuir os excessos. Tem que ter uma certa liturgia na Casa”, disse Mansur.

Ele se recusou a detalhar quais são exatamente os excessos que ele identificou, mas disse que não seriam exatamente chocantes: “Aos 64 anos nada me choca mais”.

Após apresentar a proposta, a decisão se as regras serão ou não alteradas caberá à Mesa da Câmara, que é composta de sete deputados e presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é evangélico e defensor de posições conservadoras na área dos costumes.

“Não vejo nenhum problema de alguém vir aqui de bombacha. Só não acho de bom tom vir de biquíni, falando de forma exagerada. Tem que ter uma regra mínima”, completou Mansur.

A ideia de regular o decote e a minissaia das mulheres na Câmara partiu da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) e, segundo Mansur, é apoiada por outras deputadas que manifestaram a ele desconforto com a vestimenta de algumas mulheres que circulam pela Casa.

“Queremos corrigir um erro histórico. A gente sempre luta por equidade com os homens. O regimento já determina o que os homens devem vestir mas não fala nada em relação às mulheres’, disse Cristiane Brasil -que é filha do ex-deputado Roberto Jefferson, condenado no mensalão- na época que apresentou a proposta.

Hoje as regras são mais restritas para os homens. Em dias de sessão, é preciso terno e gravata para circular no Salão Verde e no plenário, os pontos centrais da Câmara dos Deputados.

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