Descaso e abandono na delegacia de Sertânia

Ambiente insalubre, com paredes sujas e a constante presença de escorpiões atrapalham o trabalho de investigação

Durante os plantões, os policiais dormem na companhia de escorpiões / Foto: Divulgação/ Aspol-PE

Durante os plantões, os policiais dormem na companhia de escorpiões

A falta de estrutura para trabalhar e acomodação precária durante os plantões são duas das principais denúncias da Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (Aspol-PE). De acordo com a instituição, os policiais da delegacia de Sertânia, no Sertão de Pernambuco, trabalham em um ambiente insalubre, com paredes sujas e a constante presença de escorpiões.

O presidente da Aspol, Diego Soares, argumentou que a situação atual da delegacia é um verdadeiro vexame. “Durante os plantões, os policiais dormem na companhia de escorpiões. Sem contar que o dormitório é tão precário que os homens dormem perto da cozinha. Situações como essa comprometem a saúde desses servidores, que também são cidadãos e devem ser tratados com respeito”, protesta Soares.

O caso, segundo o presidente, é apenas mais um que expõe a agonia estrutural por que passa a Polícia Civil da cidade, e que fica evidente quando se visita a delegacia. “Faltam coletes balísticos, algemas, armamento em boas condições de uso, além de impressoras, essenciais para o registro de boletins de ocorrência”, contou Diego Soares.

De acordo com a Aspol, outros problemas também podem ser observados no prédio. Entre eles, a falta de espaço para os equipamento e processos, além de paredes infiltradas e entulho espalhados pelos cômodos. “Permanecem na delegacia objetos ligados às ocorrências, inquéritos policiais e a termos circunstanciados. O pátio virou um depósito de motocicletas e veículos, o que só faz aumentar a sujeira”, explicou.

“Por falta de pagamento aos fornecedores de combustível o abastecimento das viaturas foi suspendo, durante um dia, impossibilitando rondas e diligências. Um absurdo!”, protestou Soares. A associação denuncia que a lista de problemas é grande. “A rede elétrica é antiga, precária e falta manutenção. Aliado a isso, em caso de incêndio, não temos extintores, nem sistema de hidrante, então o risco potencial é altíssimo”, contou.

“Chamo a sociedade pernambucana para zelar pela Polícia Civil, cobrando do Governo uma política que valorize o servidor, ou seja, um pacto pelo policial. Caso contrário, não teremos meios para combater a crescente criminalidade em nosso estado, visto que falta absolutamente tudo”, finaliza o presidente da Aspol.

Fonte: JC

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