DIREITO DE RESPOSTA ÀS OFENSAS PESSOAIS FEITAS POR LUIZ VICENTE BERTI

Inicialmente, quero esclarecer àqueles que não se deixaram cegar pelas camadas grossas de lama que envolvem o sobrenome Berti que, em momento algum, deferi calúnias a esse rapaz, temporariamente  gestor de Sobradinho.

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Evaristo Pereira

Denunciar o mau uso do dinheiro público, que deve ser utilizado em favor da comunidade e que só tem servido para o visível e vergonhoso enriquecimento familiar, não é calúnia. É indignação!

De forma alguma,desejei ou fiz com que essas denúncias fossem de cunho pessoal, mesmo porque venho de família honrada, que preza pela ética, onde o nome do meu pai e do meu avô correm nas fileiras da honestidade, da honra e do respeito e não nos porões imundos da roubalheira e dos desvios de dinheiro público como é o caso do nome do seu pai Luiz Berti Sanjuan que é acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de desviar cerca de 64 milhões de reais da Prefeitura de Sobradinho. Relembremos um pouco o que significou para a população de Sobradinho, o seu pai ter se apossado dessa fortuna, quando deveria favorecer à população.

Hoje, o CANAL DA SERRA DA BATATEIRA é “símbolo de corrupção” de acordo com o Jornal Folha de São Paulo. É isso que o sobrenome Berti representa: “símbolo de corrupção”.

Sobradinho, como todos sabemos, faz parte de uma região onde a água é o mais importante dos bens e que todo o pais está sofrendo com a sua escassez. Agora, Senhor Luiz Vicente Berti o senhor deveria se indignar é em saber que foi o Senhor seu pai que roubou da população o direito a esse bem. Seu pai roubou o direito à vida de milhares de pessoas que foram privadas da água. Sim, porque água é vida e sem ela não há alimento, não há nada. A água, que foi usurpada pelo seu pai, Luiz Berti, através do desvio dos 64 milhões de reais, equivale, segundo a Folha de São Paulo, a 4081 campos de futebol e beneficiaria três mil famílias. O Senhor tem noção do que é isso ou nunca se compadeceu desses sertanejos sedentos, que foram abandonados e lesados pelo senhor seu pai? Eu, no seu lugar, me envergonharia do seu sobrenome. Mas, para o Senhor, isso é a mais natural das coisas. Afinal, o que lhes importa se essas pessoas ficaram à mercê da própria sorte, se a sorte lhes deu tanta fartura e fortuna, não é mesmo?Envergonhe-se, pois é isso que o sobrenome Berti representa: “símbolo de corrupção”.

Quero relembrar-lhe que o projeto para o qual o Senhor foi eleito, era um projeto sério e de respeito ao patrimônio público, que é o projeto do PDT. Faço parte do honroso quadro do PDT há 13 anos, sempre zelando pelo comportamento ético e pela moral. E, como a população de Sobradinho, fui enganado nos seus propósitos infames, que nunca foram nobres e concedi-lhe a honra de fazer parte desse quadro, filiando-lhe ao PDT, a seu pedido. E o Senhor, na primeira oportunidade, desonrou essa chance.

Venho de família de políticos, onde meu nobre avô Pedro Pereira Santos foi prefeito por duas vezes e nunca teve seu nome envolvido em lodo. Muito pelo contrário, viveu e mereceu respeito de todos os adversários pela sua conduta séria e respeitosa. Meu honrado pai Evaristo Pereira do Nascimento, foi o vereador mais bem votado em Pilão Arcado e, como Presidente da Câmara de Vereadores honrou, não só seu eleitorado, mas toda a população, não usurpando verbas públicas e sim deixando dinheiro em caixa, como deve ser com pessoas que não se locupletam com a coisa pública. Certamente, o Senhor não pode se orgulhar do Senhor seu pai, como eu posso do meu.

Realmente, Senhor Luiz Vicente Berti, chega a hora de separar o joio do trigo, o nobre do infame, o ordinário do distinto e foi isso que fiz quando em julho de 2014, entreguei meu pedido de afastamento, devidamente protocolado, por discordar dessa política fétida e rasteira, que passei a ver, praticada pela famiglia Berti.

A partir de 1º de janeiro de 2013, sua gestão encontrou secretarias organizadas, fruto de trabalho do ex-gestor. A saúde, com sete postos em funcionamento, a educação com o IDEB em percentual crescente, SIESP com total organização deixada pelo ex-secretário Jaime Pereira. Enfim, tudo funcionando como deveria estar.

Entretanto, suas garras e de toda família Berti, arranharam todo esse funcionamento. Cansei e repudiei todas as mentiras e o marketing falso e dissimulado praticado pela sua vergonhosa gestão.

Abominei a conduta enojadora de sua família sempre estar presente as reuniões de secretariado, onde não cabiam particulares, como se fosse uma reunião à mesa de jantar de sua casa. Nessas reuniões, estavam presentes seis membros de sua família, a citar, o Senhor Luiz Berti, a Senhora Maysa Torres, a Senhora Fernanda Berti, o Senhor Mario Berti e o Senhor Vítor Berti. Conduta nepotista com a qual nunca concordei ou aceitei.

Cansei de assistir o IDEB despencar nesse governo da mentira, da fantasia e de ver Sobradinho ser classificado como uma das piores gestões fiscais do Brasil sob o comando da sua mãe Maysa Torres em 2013.

Enojado de ver dispensas de licitações viciadas para beneficiar empresas apadrinhadas e recém- abertas, dentre tanta podridão, entreguei meu pedido de afastamento. E, se àquela época, eu já não concordava com essas atitudes ardilosas por parte de sua gestão, como o Senhor acha que eu me calaria diante de tantas e tão graves manobras trapaceiras cometidas por sua gestão?

Eis aí o motivo de todas as denúncias, pois se sua gestão não fosse tão vergonhosa e desacreditada não haveria sequer uma, senão 32 denúncias ao Ministério Público.

A sua famigerada gestão se especializou em denegrir a imagem de ex-gestores e “pongar” em obras deixadas pelos mesmos, para se promover, enquanto nada fez verdadeiramente por Sobradinho.

Aliás, as únicas obras executadas em Sobradinho de 2013 até hoje foram uma mansão na Juacema, suntuosas reformas domiciliares, construção de ostentoso escritório jurídico em Juazeiro e o infinito desfile de carros milionários ostentados por seus familiares e, em especial, pelo playboy da família, o seu irmão Vítor Berti.

O Senhor fala muito em dignidade, mas essa palavra não combina com infidelidade, com cupidez, com cobiça e ambição. O Senhor, é literalmente, fruto de seu pai, pois se houvesse um mínimo de dignidade na sua pessoa, seu pai e o Senhor viriam a público pedir perdão às três mil famílias relegadas à sede e à fome pelo rombo dos 64 milhões roubados dos cofres públicos no famoso caso DO CANAL DA SERRA DA BATATEIRA (segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal).

Covardia é ter oportunidade de beneficiar toda uma população e você tirar de sua boca o seu sustento. É como roubar o doce de uma criança.

Como o Senhor ousa falar em ética e moralidade, se dentro de sua casa há o mais nojento e ordinário exemplo de corrupção pública de toda a região?

Todas a minhas indignações têm sido a respeito de sua gestão e é assim que o Senhor tem que respeitar e responder, não só a mim, mas a todos os cidadãos de Sobradinho. Mesmo porque, felizmente e graças a Deus, enxerguei sua dissimulação a tempo de me afastar do seu convívio contagioso sem correr o risco de me contaminar, pois como diz o ditado: “Quem com porcos se mistura, farelos come”.

E, como cidadão e Presidente Municipal do PDT, não me permito calar e fechar os olhos diante de tanta podridão e de tanta ganância. Eu seria conivente com essa imoralidade.

O Senhor, como um menino chorão e arrogante, não aceita críticas negativas e quer comandar os destinos de uma cidade como se fosse a cozinha de sua casa, onde manda sua mãe, seu pai e seus irmãos.

Saiba, Senhor Luiz Vicente Berti, que a Prefeitura Municipal de Sobradinho não é uma empresa de sua família e esse “ambiente hostil” que o Senhor se queixa, é fruto desse desrespeito e dessa forma familiar de gerir

As pessoas não votaram em sua família e sim em seu nome. Muito menos, votou em sua mãe que, é quem comanda de fato a Prefeitura Municipal de Sobradinho, como é do conhecimento de toda a população. Sua mãe que, inclusive, candidatou-se a vereadora nas eleições passadas apenas para privilegiar-se com um afastamento remunerado de suas funções públicas para participar de sua campanha política a prefeito. Essas e outras atitudes sorrateiras fazem parte do costume de sua família, pois pergunte às pessoas de Sobradinho se alguma delas sabia dessa candidatura oportunista por parte de sua mãe Maysa Torre Sanjuan?

Uma matriarca que teve o filho candidato e eleito prefeito de uma cidade e teve apenas quatro votos, o que merece uma indagação: Quem foi na sua casa que não votou nela pois, somando, só sua família são cinco pessoas. Das duas, uma: ou foi um factoide ou vocês mesmos não acreditam nela.

A palavra traição anda junto com a família Berti, pois teve como mentor principal o Senhor seu pai quando traiu toda uma população se apoderando da vultuosa soma de 64 milhões de reais, enquanto as pessoas padeciam de água. Isso, com certeza, o povo de Sobradinho não esquece.

O Senhor, além de todas as máculas que lhe acompanham, é um mentiroso, pois afirma que me exonerou, quando sabe que fui eu a pedir o meu afastamento. Mentir é feio, menino!

Realmente, não mereci sua confiança porque nunca concordei com suas atitudes e não aceitei ter como prefeita a Senhora Maysa, que dava as ordens dentro do seu governo sem ter sido eleita. Não mereci sua confiança porque nunca compactuei com essa gestão familiar, gananciosa e sorrateira.

O que tenho feito são denúncias, devidamente documentadas, aos Órgãos da Justiça e isso está longe de ser perseguição. Ou o Senhor quer manter a população encurralada, amordaçada e cega às suas mazelas?

Quanto a chantagens, negociatas e conchavos, na hora certa o Senhor terá que comprovar. É só aguardar.

O Senhor, que tanto fala em ética e moralidade, deveria explicar como o patrimônio de sua família é tão desproporcional à condição de seu pai e de sua mãe. Digo isso, porque são dois funcionários públicos, um municipal e um estadual. Como conseguiram a façanha desse poderio patrimonial? Pergunto isso ao povo de Sobradinho e ao Ministério Público: que mágica é essa?

Diferentemente dos meus pais, também funcionários públicos, um estadual e outro federal.

Quanto ao PDT, o Senhor não teve uma “suposta expulsão”, o Senhor foi verdadeiramente expulso do partido por não saber o que é fidelidade partidária e por não corresponder aos critérios do partido.

O Senhor não sabe o que é ser político sério, pois foi educado por um político corrupto, que tripudiou em cima da sede alheia e o Senhor próprio tem feito de sua gestão “a casa da mãe”. Seriedade, fidelidade, ética, moralidade, companheirismo não cabem na sua boca e na conduta praticada em sua gestão, bem como foi na do seu pai (Luiz Berti).

Nunca foi pessoal o propósito das denúncias que tenho feito a respeito de sua gestão desde que, apenas tenho me referido ao prefeito e não à pessoa. Mas parece que o Senhor não sabe separar um do outro e acha que esse cargo lhe pertence e que o Senhor é prefeito. Não, Luiz Vicente Berti, o Senhor está prefeito, temporariamente e será impedido de candidatar-se à reeleição. O Senhor é proprietário da sua casa, não da Prefeitura, aprenda a fazer essa distinção e assim, talvez, o Senhor passe a digerir melhor as críticas da gestão.

Como uma cidade pode acompanhar as contas referentes a uma gestão, se essa gestão é camuflada, sem transparência e age de forma ditatorial?

O Senhor é, além de tudo, um preconceituoso quando se refere “aos forasteiros” como pessoas desmerecedoras do acolhimento de uma cidade. Mas já que o Senhor tocou nesse assunto deveria, de antemão, repudiar o Senhor seu pai e a Senhora sua mãe que são dois forasteiros, que chegaram a Sobradinho na condição de funcionários públicos e acumularam patrimônio que não condiz com suas funções.

E, finalmente, saiba o Senhor que o caminho da Justiça é, realmente, para todas as pessoas honradas, dentre as quais me incluo. Mas também, é para coibir as ações nocivas de pessoas que parecem ervas daninhas e aves de rapina que só querem se locupletar às custas da coisa pública, dentre os quais incluo sua pessoa e a de seu pai.

Atenciosamente,

EVARISTO PEREIRA DO NASCIMENTO JÚNIOR

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