Economia fraca em Minas Gerais atrapalha Aécio

O Estado de Minas Gerais, que é a vitrine do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) para a corrida presidencial de 2014, parece que não está lá muito bem. A economia está estagnada e com índices piores do que a média nacional e de Estados vizinhos há mais de um ano. As informações são da Folha de S. Paulo.

No segundo trimestre deste ano (o último dado disponível), Minas Gerais recuou 0,1% – enquanto que o PIB nacional subiu 1,5%. O tema entrou na pré-campanha, e a oposição liderada pelo PT já começa a falar em “pibinho”. O Estado é governado pelos tucanos desde 2003.

Estado do governador Eduardo Campos (PSB), provável candidato a presidente da República, Pernambuco tem um crescimento acumulado nos últimos 12 meses maior do que o do País, de acordo com dados do Estado. Já o Rio Grande do Sul, ainda no segundo semestre, cresceu 6,4% puxado pelo desempenho da agricultura. Em São Paulo, o crescimento foi de 1,2%. Na Bahia, 2,2%.

De acordo com a publicação, a agropecuária é uma das causas do mau desempenho em Minas Gerais, terceiro Estado mais rico do País, enquanto a supersafra do Centro-Oeste e do Sul ajudou a alavancar o PIB nacional. Além disso, também pesa contra o Estado a dependência de poucos setores, a exemplo da mineração.

O vice-líder do PT no Legislativo mineiro, Rogério Correia, usou nos seus boletins informativos a expressão “pibinho”. O mesmo termo foi empregado por Aécio para criticar o desempenho da política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). Já o deputado peemedebista Sávio Souza Cruz, líder da oposição, afirma que a economia mineira corre o risco de se tornar ainda mais “primária”, se não houver impulso à industrialização.

Em 2014, o PT deve lançar o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, como candidato ao governo de Minas.

O centro da discussão tem sido a diversificação da atividade econômica. De acordo com a Fundação João Pinheiro, centro de estudos ligado ao governo estadual, a baixa na produção do café contribuiu para a queda de abril a junho. Nos primeiros três meses do ano, em que a economia mineira recuou 0,2%, pesou a menor demanda internacional por minérios.

Ainda de acordo com a publicação, às vésperas do ano eleitoral, o PSDB se move para tentar anular o discurso da oposição e vai preparar um documento mostrando que Minas cresceu mais do que a média do País na década passada. (FolhaPE)

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