Economistas criticam papel do Brasil no Mercosul

Especialistas em comércio internacional presentes neste sábado (21), a um evento sobre agronegócios criticaram de maneira contundente a estratégia do Brasil no Mercosul. As críticas negativas ao Mercosul foram inicialmente comentadas no evento pela senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), mas continuaram em outro painel.

Para a professora e pesquisadora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenadora do Centro do Comércio Global e do Investimento do Algodão, Vera Thorstensen, o Mercosul não “agrega em nada, não acrescenta”. “O Brasil não ganha negociando em conjunto. O País tem que ficar com um espaço maior no comércio mundial e por estar fora dos acordos é um negociador passivo: só está aceitando regras e não está agindo como um decisor (maker)”, declarou.

Para o ex-embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, o Mercosul é um “impedimento e entrave para entrada do Brasil no comércio mundial”. Para ele, a situação de agora só reforça a importância de olhar mais atentamente para a agenda futura. “O Brasil tem que ser rápido em achar seu caminho para não ser prejudicado. O agronegócio brasileiro tem um futuro brilhante. Hoje o País e líder, mas é preciso que se articule sozinho, olhe para o mundo e mostre suas posições em assuntos estratégicos”, ressaltou.

Para o diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, é necessário haver uma rápida revisão do Mercosul. “O bloco comercial teve seu papel, uma história sucedida, mas agora é uma camisa de força que impede o Brasil de negociar. Temos que passar para negociações em individualizadas”, disse. (Agência Estado)

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