“Ou Temer vira um Itamar Franco, ou vira um Sarney, ou uma Dilma. FHC não tem mais chance de ser”, resume a análise de uma influente corretora. A dúvida sobre Temer não é sem motivo. A economia, durante seu governo, não deu qualquer sinal de reação. Ao contrário disso, há recessão e desemprego crescentes.
A dupla Michel Temer e Henrique Meirelles colocou a economia brasileira numa era glacial. Por isso, cresce o pessimismo dos vários analistas do mercado para o País em 2017. O mercado prevê um crescimento modesto de 1% do PIB para o próximo ano, previsão que pode ser reduzida, após a divulgação de dados mais fracos que o esperado referentes ao terceiro trimestre. A situação do emprego é uma das mais preocupantes, com taxa de 11,8% no terceiro trimestre – em outubro foram fechadas mais de 74 mil vagas formais. Todos os setores da economia operam em queda.
O mercado diante de tudo isso se divide sobre como o PSDB deve se comportar. Parte defende que a sigla entre de cabeça para tentar salvar o governo. Outro grupo, no entanto, recomenda que o PSDB fique quão longe puder do Planalto para não se contaminar com o desgaste. Neste último grupo, há quem avalie que uma “tempestade perfeita”, com Temer cassado pelo TSE, coloca os tucanos na presidência do país – tanto é que o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passou a ser ventilado como opção numa eleição indireta.