Enquanto EUA e Europa incentivam testes constante, Brasil sofre com escassez

Autoteste é opção no exterior, mas segue vetado para uso no país

Redação
Foto: Divulgação
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Enquanto Estados Unidos e a Europa incentivam a testagem em massa para tentar combater a explosão de casos de Covid-19 com a variante ômicron, o Brasil segue continua patinando na testagem da sua população.

O uso de teste foi apontado, desde o início da pandemia, como possibilidade de controle e amenização da disseminação do vírus, conforme alertou o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 16 de março de 2020, ainda no início da crise sanitária.

 

“O meio mais eficaz de prevenir infecções e salvar vidas é quebrar as cadeias de transmissão. Para isso, você precisa testar e isolar. Vendado, você não pode combater um incêndio. E nós não conseguiremos parar essa pandemia se não soubermos quem está infectado”, disse.

Enquanto diversos países do mundo avançavam com a aplicação e distribuição gratuita de testes, no Brasil, nos primeiros meses de pandemia, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizava o risco da Covid, já se apontava que a falta de testagem ampla era um problema considerável para conter a pandemia. Naquele momento, praticamente só eram testados casos graves internados.

Em janeiro de 2022, a situação não está muito distante da de 2020, com testes priorizados para pacientes internados, por exemplo. O Brasil, assim, continua sem uma política de testagem, afirma o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).

Em 2020, a promessa do Ministério da Saúde era disponibilizar 46 milhões de testes até setembro daquele ano. Depois, em maio de 2021, Marcelo Queiroga, atual titular da pasta, anunciou um plano de testagem em massa, com até 26,6 milhões de exames mensais. As informações são da Folha de S.Paulo.

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