Estado criará escolas temporárias para não afetar alunos contrários à ocupação

De acordo com a secretaria, 66 colégios ocupados ficarão sem receber em maio verba de merenda e serviço de limpeza

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TÁSSIA DI CARVALHO

O governo do estado preparou um pacote de medidas para que os alunos das escolas ocupadas no Rio e no interior não sejam prejudicados com a falta de aulas. Na segunda-feira, estas unidades entrarão em recesso, enquanto isso a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) procura espaço que possam servir de escolas temporárias. Segundo a secretaria, as 66 escolas ocupadas ficarão sem receber, no mês de maio, verba de merenda e manutenção e serviço de limpeza. O cartão de estudante será suspenso e docentes não precisarão assinar a frequência.

As aulas de reposição dos colégios ocupados ocorrerão em agosto de deste ano e janeiro de 2017 e aos sábados do segundo semestre deste ano. Para evitar que alunos contrários às ocupações, que são maioria, fiquem sem estudar; a Seeduc busca espaços novos para montar escolas provisórias.

Outra medida adotada que pode ajudar é a autorização para transferência de alunos dos colégios ocupados. Essa ação, porém, só pode ocorrer entre unidades da rede estadual, e onde houver vagas suficientes. Os interessados devem procurar as Diretorias Regionais.

Segundo a secretaria, a transferência só está autorizada entre escolas estaduais porque é possível que isso ocorra por meio do sistema informatizado. Já para unidades das redes particular e federal, seria necessária documentação que está presa nos colégios tomados pelos estudantes.

Estudantes d a Escola Estadual Visconde Cairu, no Méier, um das que estão ocupadas, se queixaram de que o cartão de gratuidade havia sido bloqueado. A Seeduc informou que foi suspenso o funcionamento das máquinas de recarga das escolas ocupadas, uma vez que o Riocard é para o aluno ir de casa para a escola. Entretanto, como as aulas não estão acontecendo nas unidades devido a paralisação, as recargas não estão sendo efetuadas.

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