Depois de queda nas pesquisas, Campos evita imprensa

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, participou na tarde desta segunda-feira, 18, de uma palestra promovida pelo banco Credit Suisse, em São Paulo. Depois de um evento com membros da Sociedade Rural Brasileira (SRB), pela manhã, o provável candidato à Presidência pelo PSB falou para uma plateia de cerca de 100 executivos e clientes do banco de investimento. A palestra foi fechada à imprensa.

Executivos abordados pela reportagem na saída do evento disseram que não podiam se manifestar a pedido dos organizadores, que teriam solicitado sigilo sobre o conteúdo da palestra. A apresentação de Campos faz parte do ciclo de palestras Visões sobre o Brasil para os próximos anos, promovido pelo Credit Suisse, e que já teve como atrações principais a provável vice na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, e também o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Após a assessoria do governador afirmar que ele falaria com os jornalistas ao final do evento, Campos preferiu despistar os jornalistas e saiu do prédio do Credit Suisse por um elevador privativo com acesso direto pela garagem. Após a palestra terminar, o governador ainda ficou cerca de uma hora e meia reunido com executivos dentro do prédio do Credit.

O governador ainda teria na noite desta segunda-feira um jantar com empresários na capital paulista. Anteriormente divulgado como um jantar com a diretoria do banco JP Morgan, o evento seria na realidade um encontro com executivos do setor financeiro e também de importantes empresas.

A assessoria do JP Morgan confirmou a participação de apenas um executivo do banco e negou que o encontro seria com a diretoria do banco. O local também foi mantido sob sigilo pela equipe de Campos.

De acordo pesquisa feita na semana passada pelo Ibope, mostra que, passado o alvoroço em torno da fusão da Rede de Marina com o PSB de Campos, caíram as intenções de voto estimuladas para presidente. No caso de Marina, de 21% para 16%. E no de Campos, de 10% para 7%. Em ambos os cenários, Dilma foi a principal beneficiária dessa perda dos rivais. Mas é cedo para a presidente comemorar.

Agência Estado

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