Ex-delegada será liberada para cumprir pena em casa

A Vara de Execuções Penais (VEP) atendeu ao pedido de defesa para que Martha Vargas fique em prisão domiciliar. Ela é curadora do irmão com Síndrome de Down


Martha Vargas é responsável pelo irmão com Síndrome de Down
(foto: Elio Rizzo/Esp.CB/D.A Press)
Presa desde 20 de outubro por ilegalidades na condução do caso que ficou conhecido como o Crime da 113 Sul, a ex-delegada Martha Vargas recebeu o benefício da prisão domiciliar na terça-feira (19/2). Ela deve ser liberada no fim do expediente desta quinta-feira (21/2), segundo expectativa da defesa da interna. Ela será levada diretamente para casa, em condomínio no Lago Sul.
Um dos advogados de defesa de Martha Vargas, Paulo Suzano Mendonça de Souza, informou que pediu a liberdade provisória dela porque a ex-delegada é curadora do irmão com Síndrome de Down. “Há mais de 20 anos, desde que os pais morreram, é ela quem cuida do irmão maior de idade”, explicou.
Nos quatro meses em que ficou presa, a empregada da família prestou os atendimentos ao irmão de Martha. “Devido às circunstâncias que a envolvem, ela ficará cumprindo a pena dela em casa. Não significa que está em liberdade”, destacou o advogado.
Martha Vargas foi condenada em segunda instância a 16 anos de prisão pelos crimes de fraude processual, falsidade ideológica, tortura e violação de sigilo funcional durante a condução das investigações do triplo assassinato da 113 Sul.
O mandado de prisão foi expedido pela juíza da Vara de Execuções Penais, Leila Cury, com base em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo o qual a pena deve ser executada a partir da condenação em segunda instância.

Provas falsas

De acordo com a denúncia dos promotores do Núcleo de Investigação e Controle da Atividade Policial (NCAP), Martha Vargas plantou provas para incriminar pessoas inocentes, além de outras irregularidades graves, durante o inquérito sobre a morte do ex-ministro José Guilherme Villella, da mulher dele, Maria Villela, e da funcionária do apartamento na 113 Sul, Francisca Nascimento Silva.
Em julho de 2018, Martha Vargas teve a aposentadoria cassada depois de ser alvo de um processo administrativo disciplinar na Policia Civil do DF.

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