Falta de um líder militar

Com o afastamento de Renan Calheiro da cadeira da presidência do Senado o clima político no país tende a piorar mais ainda no país. Por um lado já existia uma apatia do próprio Judiciário por Renan devido ao seu comportamento afrontoso contra a instituição. Mas antes, o Judiciário já tinha afastado o presidente da Câmara Eduardo Cunha, foi a favor da cassação da ex-presidente Dilma Roussef pelo Congresso, e ainda vem prendendo vários figurões da área empresarial e política através da Lava jato.

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Com a institucionalização da briga entre os poderes, nem o presidente Michel Temer pode escapar. O país está ingovernável, a bagunça tomou de conta das ruas, a cada pesquisa realizada cresce o número de pessoas querendo a volta dos militares, inclusive a juventude coca-cola. A manifestação realizada no último domingo (04) por milhares de pessoas defendendo o judiciário tem como pano de fundo agravar mais ainda a situação no país devido a divisão de opinião.

Mesmo a justiça proibindo qualquer tipo de exaltação aos militares, eles estão crescendo assustadoramente através da opinião pública para que retornem ao poder. Para conseguirem o comando do país neste momento frágil e conturbado basta terem um líder. O mais preocupante que eles estão calados dentro dos quarteis. Basta uma faísca para eles tomarem esta decisão, a exemplo do judiciário tentar fazer algo de minima importância contra a instituição ou as manifestações se tornarem incontroláveis. Quem perde com isso é a democracia, que colocará em risco em funcionamento de instituições livres como a imprensa, partidos de esquerdas e cetro, cerceamento da livre manifestação da sociedade, e ainda, cortar os poderes da própria justiça.

*Reinaldo Borba de Oliveira

 

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