Florence nega que Venezuela viva uma ditadura e diz que ‘Maduro está aberto à negociação’

O deputado federal Afonso Florence (PT) criticou duramente a postura diplomática que o Brasil está adotando para lidar com o governo autoritário de Nicolás Maduro na Venezuela. 

 

Além de afirmar que o Itamaraty do presidente Jair Bolsonaro (PLS) não respeita a autodeterminação dos povos, o baiano defendeu que acusações de que o país vizinho vive uma ditadura “não se sustentam”. “A fala de Maduro é de uma mesa de negociação”, disse Florence.

 

O parlamentar rechaçou boicotes econômicos e diplomáticos de países vizinhos contra o governo que, segundo ele, foi eleito democraticamente. “O governo Maduro deve ter ajustes, mas está errado qualquer quartelada para desestabilizá-lo. A diplomacia brasileira sempre se pautou na discussão e na força do diálogo para soluções pacíficas”, falou o deputado em referência a Operação Liberdade, que no último mês tentou depor Maduro  e o apoio do Brasil a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino no país. 

 

Sem voto obrigatório, Maduro venceu as últimas eleições na Venezuela com 68% da preferência dos eleitores. A abstenção no pleito chegou a 54%, um total de 20 milhões de venezuelanos registrados para votar. A ausência de manifestação da população é usada como argumento para deslegitimar a reeleição de Maduro. 

 

“Olha o número de votos em branco e nulo que temos no Brasil com o voto obrigatório na última eleição. Nem por isso Bolsonaro não foi eleito democraticamente”, relutou Florence. O petista ratificou que se faz necessário o respeito ao fim do mandato de Maduro. 

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