Fluminense perde para o CSA e volta à zona de rebaixamento; Diniz fica pressionado

Yony González lamenta uma das chances perdidas pelo Fluminense

Yony González lamenta uma das chances perdidas pelo Fluminense Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo

As expressões de Fernando Diniz à beira do campo disseram por si só o que representou o resultado do Fluminense diante do CSA, neste domingo. Ao esfregar o rosto, bagunçando o próprio cabelo e olhando incrédulo para o campo, o técnico tricolor simbolizou o desespero por mais um jogo para ser esquecido neste Brasileirão.

Mesmo diante do time de pior ataque na Série A, conseguiu a façanha de ser batido no Maracanã. A derrota por 1 a 0 tirou de vez a paciência da torcida com Diniz, que fica ainda mais pressionado, e recolocou o Flu na zona de rebaixamento.

Reclamações com arbitragem à parte, o Fluminense pagou o preço pela incompetência ofensiva. Apesar de uma profusão de finalizações, especialmente no segundo tempo, faltou pontaria. E pior: a zaga sofreu aquele que foi apenas o quarto gol do time alagoano em 15 partidas, uma média constrangedora de 0,26 gol/jogo.

O decreto da derrota tricolor veio com Gomez, em um contra-ataque do CSA, quando o Flu já estava à beira do desespero. Detalhe é que na jogada que originou o gol começou com um lance no qual Ganso caiu na área. A imagem deu, sim, margem para que um pênalti fosse marcado, mas o VAR não entrou em ação. Em situação anterior, no início da segunda etapa, o árbitro não reparou que Danielzinho sofreu falta em cima da linha da área. Ou seja, pênalti.

Com a derrota em casa, o Fluminense ficou estacionado nos 12 pontos, enquanto o próprio CSA chegou mais perto do tricolor na tabela, com 11. A entrada na zona da degola se deu pela vitória do Cruzeiro sobre o Santos, em Belo Horizonte.

– Não acredito que seja problema de treinador. Tivemos a maior parte do tempo no campo adversário. Precisamos caprichar mais – disse o meia Ganso, que foi capitão do Fluminense no jogo, já que o zagueiro Digão sentiu lesão na panturrilha e foi retirado da relação pouco antes do apito inicial.

Buscar um bom resultado diante do CSA fazia parte do plano emergencial do Flu para conseguir um alívio no Brasileiro. Só que o efeito foi inverso. O próximo adversário pelo Brasileirão é o Avaí, outro que está na zona da degola. Antes, ainda tem o duelo pela Sul-Americana, contra o Corinthians.

Diniz critica o VAR

A decepção do Fluminense com o resultado no Maracanã passou pela atuação da arbitragem. O técnico Fernando Diniz citou duas situações nas quais viu pênalti, sendo a segunda a jogada que antecedeu o gol do CSA. Em ambas, o árbitro de vídeo não entrou em ação.

— Tivemos dois lances claros, dois pênaltis. Um no Daniel e outro no Ganso. Posso falar isso, mas não tenho mania de perseguição. O jogo de hoje é difícil de engolir — disse o treinador.

Em relação ao jeito de jogar, o técnico diz que manterá a filosofia atual, apesar da sequência de fracassos que o reconduziram à zona de rebaixamento.

— Isso é uma crença que eu sempre tenho. O CSA só teve uma chance clara, do gol. É difícil perder jogos assim. Mas jogando dessa forma, acho que a chance de vencer é muito maior do que de perder — completou Diniz, dando razão às vaias da torcida.

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