Folha solta editorial extraordinário e “descobre” que Bolsonaro mente

 

(Foto: ABr | Reprodução)

O jornal Folha de S. Paulo, que ajudou a eleger Jair Bolsonaro, ao proibir seus jornalistas de qualificar o candidato fascista como representante da extrema-direita e ao atacar continuamente o PT – fazendo, inclusive, campanha a favor da prisão de Lula – soltou um editorial extraordinário na tarde deste sábado, 23, em que afirma que o presidente mente.

“O registro da reunião ministerial de 22 de abril, cuja divulgação foi liberada por decisão de Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, na sexta-feira (22), traz novas evidências conclusivas sobre o que já se suspeitava: o presidente Jair Bolsonaro mente”, afirma o artigo, que não poupou críticas a ele.

Depois do vídeo divulgado nesta sexta-feira, 23, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Folha disse que a versão bolsonarista sobre a interferência na Polícia Federal “torna-se completamente inverossímil”.

Para o jornal, “tudo o que ocorreu depois da reunião se encaixa na narrativa do ex-juiz Sergio Moro”. “Não há dúvidas de que o presidente trata da PF, um órgão de Estado, quando promete ir até o fim para fazer valer a sua vontade antes que a sua família seja atingida”, diz a matéria. O argumento se refere à declaração de Bolsonaro de que não vai esperar “foder” sua família.

O artigo também diz que o encontro dos ministros entrará para a história da república brasileira “como um dos episódios mais execráveis do exercício do poder presidencial”, afirmando que os atos e falas do presidente ‘vilipendia’ a democracia brasileira.

Isso apenas para citar algumas das críticas que a Folha fez a Bolsonaro. O jornal que ajudou a elegê-lo parece ter “descoberto” que – como afirmam – “Jair Bolsonaro mente” e é nocivo à democracia.

 

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