Funcionários acusam diretor de Colégio Militar de submeter alunos a maus tratos

Coronel Régis Nunes teria submetido crianças e adolescentes à exaustão em treinamento para recepção de Braga Netto. Objetivo seria impressionar o ministro de Bolsonaro paga ganhar promoção ao cargo de general

Funcionários do Colégio Militar de Belo Horizonte divulgaram manifesto em que acusam o diretor da escola, o coronel de cavalaria Régis Rodrigues Nunes, a submeter alunos a maus-tratos.

Em treinamento para recepção do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que esteve no aniversário de 66 anos da escola no último dia 11, ao menos 20 alunos precisaram de atendimento médico, sendo que alguns chegaram a desmaiar.

As crianças e adolescentes – entre 11 e 18 anos – teriam sido obrigadas a ficar por mais de 3 horas de pé, embaixo de sol forte, e proibidas de ir ao banheiro ou beber água.

O fato teria motivado funcionários do colégio a divulgarem o manifesto, que não foi assinado por medo de represálias.

O documento diz que coronel Nunes usou o evento para adular Braga Netto porque tenta uma promoção à patente de general.

No treinamento, ele teria submetido os alunos à exaustão, deixando-os “de pé o tempo todo e imóvel em boa parte do tempo, além de momentos em que a tropa desfila”.

O documento ainda divulga fotos de alunos esperando atendimento médico e um áudio em que o coronel critica os alunos que deixaram a formação militar.

“Qual o motivo pelo qual eles saíram de forma? Depois me passa, o que que está acontecendo. É falta de café, o que que é?””, diz.

Com informações da Folha de S.Paulo

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