Glória Perez é criticada na internet após ligar massacre de Suzano aos gamers

A autora Glória Perez escreveu alguns dos maiores sucessos da dramaturgia da Globo, como O Clone. (Foto: reprodução)

A autora Glória Perez, que atualmente lidera o setor de séries da Globo, causou polêmica ao comentar em uma rede social sobre a tragédia na escola em Suzano. Ela disse enxergar “tudo a ver” entre o caso e a cultura dos games, sendo imediatamente rebatida por milhares de jogadores virtuais, inclusive com alguns comentários agressivos.

Gloria Perez

@gloriafperez

Essa tragédia de Suzano parece ter tudo a ver com a cultura dos games!

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Zelune

@zelune

seguindo essa lógica a taxa de humanos clonados deveria ser bem maior depois que o povo assistiu ”O Clone” hahahaha
não é bem assim que funciona, Gloria

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Depois da enxurrada de críticas, ela explicou melhor a sua posição em declaração ao colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo: “claro que não são os games que motivam crimes! Mas quando você assiste aos vídeos desses massacres, vê que os atiradores agem como se estivessem num game, disparando em quem achar pela frente, como se não estivessem abatendo gente de carne e osso, mas bonecos virtuais”.

No Twitter, ela criticou o que considerou a falta de interpretação dos internautas e mencionou ainda de forma irônica o conteúdo discordante como “lacre”.

Gloria Perez

@gloriafperez

Pela volta das aulas de interpretação de texto nas escolas! Tá osso, hem?

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Gloria Perez

@gloriafperez

Ainda não cansaram? Renovando a expressão “cada mergulho é um flash” para “cada teclada é um lacre” 😀

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Massacre em Suzano

Nesta quarta-feira (13), o Brasil se viu diante de um dos mais brutais ataques cometidos por atiradores em sua história. A escola estadual Raul Brasil, localizada em Suzano, foi o palco final de uma carnificina promovida pelos amigos Guilherme Taucci Monteiro (17) e Luiz Henrique de Castro (25), ambos ex-alunos do colégio.

No início da manhã, Guilherme publicou diversas imagens em seu perfil no Facebook. Ele aparece fazendo obscenidades, mascarado e até mesmo com um revólver. As fotos foram deixadas sem nenhuma mensagem complementar. Depois da publicação, ele foi até uma loja de veículos de propriedade do seu tio e disparou contra o familiar, que morreria horas depois no hospital. Era a primeira das vítimas de um dos dias mais sangrentos do pacato município de pouco mais de 150 mil habitantes.

Em um carro alugado dias antes, os assassinos chegaram na escola, que ficava próxima ao local dos primeiros disparos, às 9h43. Guilherme entrou na escola, sucedido por Luiz Henrique. O menor, sempre portando a arma de fogo, disparou inicialmente em duas funcionárias da instituição.

Ele depois perseguiu estudantes no pátio e na sala de idiomas. O comparsa tentava atrapalhar quem fugia desesperado fazendo uso de armas brancas. Ele acabaria também sendo morto pelo cúmplice, que depois se suicidou. No total, 5 alunos foram vitimados fatalmente. As investigações ainda não apontaram uma motivação clara para o massacre, que dominou as atenções da TV assim que foi informado.

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