Governadores resolvem apostar em secretários

 

Aécio Neves inspirou Eduardo Campos e outros governadores do Nordeste

O pontapé foi dado em Minas em 2006 pelo então governador Aécio Neves. Ele chamou seu secretário do Planejamento, Antonio Anastasia, para ser seu vice. Aécio se reelegeu e em abril de 2010 deixou o cargo para candidatar-se a senador. Anastasia assumiu o governo, candidatou-se à reeleição, ganhou, e em abril de 2014 renunciou ao mandato para ser senador. Hoje, é um dos grandes quadros não atingidos pela Lava Jato que o PSDB possui. Aécio inspirou Eduardo Campos, então no Governo de Pernambuco, a tirar um secretário para disputar a Prefeitura do Recife (Geraldo Júlio) e outro para concorrer ao governo estadual (Paulo Câmara). Ambos venceram. Essa regra foi seguida na Bahia em 2014 pelo então governador Jaques Wagner, que lançou seu secretário de governo, Rui Costa, para a sua sucessão.

Costa se elegeu e será reeleito agora em outubro. No Ceará, o então governador Cid Gomes em 2014 procedeu da mesma forma. Pegou seu secretário das Cidades, Camilo Santana, apresentou-o à sua sucessão e ele venceu. E tem grandes chances de ser reeleito. Aqui na vizinha Paraíba, o governador Ricardo Coutinho imitou seus colegas de Minas, Pernambuco, Bahia e Ceará. Lançou seu secretário de Infraestrutura, João Azevedo, para disputar o governo estadual. E, na pisada que ele vai, ele é franco favorito. Paulo Câmara vai para a reeleição agora em outubro e, por razões óbvias, só vai tratar de 2022 em 2022. Mas se seguir os passos do seu mentor político, seu candidato não será deputado federal e nem senador. Será um secretário.

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