Professores do grupo de ensino Estácio enfrentaram, nesta quinta-feira (13) uma nova leva de demissões em massa em todo o País. Ainda não há informações sobre a quantidade total de docentes que perderam o emprego, mas a Estácio confirmou, por meio de nota, as demissões. Segundo o grupo, os desligamentos fazem parte de um “processo natural de uma instituição que periodicamente precisa rever a sua base de docentes, adequando-a às necessidades do mercado, demandas de cursos e às particularidades das praças em que atua”.

As demissões, este ano, aconteceram após os docentes rejeitarem proposta da instituição para suspender o pagamento de um adicional de 25% para aulas realizadas no período noturno com mais de 50 minutos de duração, entre outros benefícios, durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (SinproRio), que representa a categoria na capital fluminense e região.

“A Estácio está, mais uma vez, dispensando os professores com mais tempo de casa, ou seja, com salário mais alto. Como os professores recusaram a retirada do pagamento do adicional, propusemos que a Estácio oferecesse alguma compensação em termos de estabilidade, mas não tivemos resposta”, diz o presidente do SinproRio, Oswaldo Teles.

Protesto

Já alunos do Ceará fizeram abaixo-assinado virtual contra as demissões dos professores de arquitetura e urbanismo. Até o fechamento da edição, 621 pessoas tinham assinado a petição. Também será realizado protesto hoje naquele Estado.
O grupo Estácio é uma das maiores organizações de ensino privado do País. Em 30 de setembro de 2018, contava com 531 mil alunos matriculados nas modalidades presencial e a distância, em cursos de graduação e pós-graduação.