Homem preso por sequestrar e estuprar a namorada tem pena reduzida porque “ela o traía”

Corte italiana considerou que o estuprador “estava deprimido, por saber que era enganado”, e que a vítima tinha “comportamento excessivamente livre”, o que, segundo os juizes, “indica menor intenção de dolo” por parte do autor do crime
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Um tribunal de segunda instância da cidade de Milão anunciou nesta sexta-feira (18), uma nova decisão no caso de um homem que foi preso por sequestrar e estuprar a própria namorada.

O crime aconteceu em junho de 2019 e foi protagonizado por um casal de romenos residentes na Itália. Segundo o diário Corriere della Sera, o autor do crime era 18 anos mais velho que a namorada: ele tinha 63 e ela 45. Estavam juntos há 4 anos e moravam em casas diferentes.

No julgamento em primeira instância, em um tribunal da cidade de Monza, o homem foi condenado a 5 anos de prisão pelos crimes de sequestro (a manteve em cativeiro durante ao menos 7 horas) e abusos sexuais reiterados e tentativa de homicídio contra a mulher (a vítima afirma que ele teria dito, ao menos duas vezes, que ela “não sairia viva” do local do crime).

No entanto, os juízes da segunda instância aceitaram a alegação da defesa de que o autor do crime “era um sujeito tranquilo, mas que se sentia deprimido, porque sua namorada tinha um comportamento excessivamente livre, e ele sabia que ela o estava enganando”. Com isso, decidiram diminuir a pena para 4 anos e 4 meses de prisão.

No texto da decisão, os magistrados alegaram que a infidelidade da vítima “não atenua a responsabilidade, mas indica menor intenção de dolo” por parte do autor do crime.

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