‘Houve intenção de matar e esse propósito foi maligno’, diz advogado de paisagista agredida

Segundo coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do hospital onde a vítima está internada, é necessário analisar o estado de saúde da paciente e aguardar o desaparecimento dos inchaços para realizar qualquer cirurgia

Por O Dia

A empresária Elaine foi agredida em seu primeiro encontro com Vinícius

A empresária Elaine foi agredida em seu primeiro encontro com Vinícius – Whatsapp O DIA

Rio – “Houve uma intenção de matar e esse propósito foi maligno”, afirmou o advogado da paisagista Elaine Perez Caparroz, de 55 anos, agredida no último domingo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Segundo João Francisco Neto, responsável pela defesa de Elaine, Vinicius Batista Serra não conseguiu matá-la porque moradores e funcionários do prédio teriam ajudado ela a se defender. Ele completa: “não se trata de violência cometida por praticante de arte marcial mas, sim, de agressão covarde do homem contra a mulher em mais uma tentativa de homicídio que merece repúdio e reflexão”.

Internada no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, Zona Norte da cidade, a paisagista deve receber alta nesta sexta-feira. A informação é do médico Ricardo Cavalcante Ribeiro, coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do hospital, que avaliou a paciente no fim da manhã desta quinta-feira. Segundo Ribeiro, é fundamental, neste momento, analisar o estado de saúde de Eliane antes de realizar qualquer cirurgia. “A paciente saiu recentemente da UTI e segue passando por avaliações por uma equipe multidisciplinar do hospital. No momento, o mais importante é garantir que ela não corra nenhum risco e esteja apta para a realização de cirurgias reparadoras”, explica o médico.

Ele explica, ainda, que é preciso aguardar que todos os edemas se desfaçam, ou seja, que o inchaço desapareça, para avaliar a necessidade de intervenções cirúrgicas. Ele destaca que a paciente se encontra fora de perigo, mas esse processo de recuperação pode levar seis meses. “Ela teve escoriação e mordedura no braço, ficou muito machucada. A gente vai tratar depois as possíveis cicatrizes e sequelas que ela tiver no rosto. As fraturas estão alinhadas, então não há necessidade de correção agora. Depois a gente vai ver também a questão do globo ocular, como está a movimentação. Ela está abrindo o olho com dificuldade e tem algumas limitações que a gente vai tratando com o passar do tempo”, afirma.

Elaine foi espancada pelo estudante de direito Vinicius Batista Serra dentro de casa. A agressão durou cerca de duas horas e meia, de 1h30 às 4h. Elaine sofreu múltiplas fraturas no rosto, perdeu dentes e levou 40 pontos na boca. O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Barra) como tentativa de feminicídio. A Polícia Civil ouviu os familiares de Elaine nesta quarta-feira. A responsável pelo caso é a delegada titular da 16ª Delegacia de Polícia (Barra), Adriana Belém. De acordo com a Polícia Civil, ainda não há previsão para que Elaine preste depoimento, pois necessita de liberação médica.

Segundo João Francisco Neto, a família tomará as providências judiciais cabíveis para que o agressor “seja julgado e punido por seu comportamento” e que “de agora em diante, a vítima deseja apenas focar em sua recuperação física e psicológica”.

Com informações da Agência Brasil

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