Humberto Costa culpa Bolsonaro e Temer pelo fechamento do estaleiro Atlântico Sul

Em um pronunciamento, no Senado, durante a Ordem do Dia, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), lamentou o anúncio do fechamento do Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca.

“Temer e Bolsonaro decidiram optar pelo fechamento da indústria naval brasileira. Para nós de Pernambuco, é um momento de muita tristeza ver uma empresa que já empregou mais de seis mil funcionários ser fechada por uma política entreguista e irresponsável”, criticou o senador.

Sem encomendas da Petrobras, o estaleiro já havia avisado que teria dificuldades de seguir funcionando.

‘Bolsonaro acabará como Macri’, diz Humberto

Humberto Costa tomou parte e usou os atos sindicais pelo País para criticar o adversário.

“Os grandiosos atos registrados no país inteiro nesta terça-feira (13) são apenas uma pequena mostra do rastilho de pólvora que já corre por todo o Brasil. Se o governo não começar a trabalhar em favor dos brasileiros, o país explodirá brevemente. Ou trabalham e mudam essa política de esmagamento de direitos ou, muito em breve, Bolsonaro vai fazer coro com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que chorou depois da surra histórica levada nas primárias argentinas”, afirmou.

“A política econômica adotada pela gestão Macri é exatamente a mesma que Bolsonaro está aplicando aqui no Brasil. O povo não é bobo: na hora certa, vai responder ao presidente brasileiro assim como os argentinos responderam por lá. Há uma imensa união dos mais diversos setores sociais em protesto contra o governo, que tem levado o país ao abismo, a uma recessão e a um quadro de desemprego que não consegue solucionar”.

“E, agora, vem o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedir um ou dois anos de trégua a essa gestão inoperante e incompetente, cujo chefe mentiu aos brasileiros com a oferta de soluções que nós dissemos, desde o início, serem totalmente mentirosas. Não terão. Se baixarmos a guarda, daqui a dois anos, não sobrará nada do Brasil”, disse.

“O corte de R$ 1 bilhão na educação, anunciado na semana passada, está destruindo as bolsas de pesquisa e a educação básica e inviabilizando as instituições federais de ensino. Essa última tesourada levou cerca de R$ 20 milhões somente de Pernambuco, onde a universidade federal foi obrigada a desligar os aparelhos de ar-condicionado porque não pode mais pagar a energia e só a Universidade do Vale do São Francisco, no Sertão do Estado, perdeu R$ 7 milhões”.

“É uma crueldade com uma região tradicionalmente mais sofrida pelas condições climáticas e econômicas adversas. Eu fico imaginando como não deve estar o senador Fernando Bezerra Coelho, líder de Bolsonaro no Senado, ao ver o presidente cometer um ato de vilania dessa natureza com a universidade mais importante de Petrolina, sua cidade natal, e uma das mais importantes de toda a região do Vale do São Francisco. Que constrangimento”, afirmou.

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