Com a limpeza, todos os móveis, documentos e pertences da idosa e do filho. Agora, ela conta com doações para refazer vida e conseguiu objetos novos

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Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão Preto

Foram estimados 10 anos de acumulação de objetos na residência.

Dona Elídia de Oliveira , de 72 anos, agora tem roupas de cama lavadas, cama nova e televisão. Tudo isso após 10 caminhões de lixo serem retirados da sua casa, localizada em Ribeirão Preto, em São Paulo. Cerca de 20 ratos e cinco escorpiões foram mortos pelas equipes após serem encontrados no lixo acumulado.

Com a limpeza, todos os móveis, documentos e pertences da idosa e do filho foram jogados. Agora, ela conta com doações para refazer a vida e tem conquistado objetos novos. Foram cerca de 10 anos acumulando móveis quebrados, materiais recicláveis e até lixo doméstico dentro da casa. Por conta de uma denúncia do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação que o caso de Dona Elídia foi solucionado.

“Ainda não fizemos tudo, mas só de lavar ficou lindo. Não tenho por que não estar feliz. Olha tudo isso que fizeram para mim! Agora, tem que conservar, senão, de que adiantou fazer tudo isso? É daqui para melhor, não pode parar”, afirmou o grupo ao G1.

imóvel foi comprado na década de 1960 e alugado por anos, durante o tempo em que ela vivia com a mãe na casa do irmão. A residência só voltou a ser ocupada por Edília nos anos 2000, junto com o filho adotivo.

A compulsão por recolher e guardar lixo dentro de casa foi se agravando com os anos. A morte do marido foi um gatilho para que a idosa perdesse o controle, mesmo com os alertas dos filhos.

“Tinha pedido a Deus alguém para me ajudar, para a minha casa ficar, pelo menos, uma casa mesmo. Eu dizia: ‘meu Deus, não estou entendendo o que tenho que fazer, sozinha é tão ruim, se tivesse alguém para me ajudar seria tão bom’, e vieram”, disse a idosa.

Após a limpeza , o imóvel de dona Edília está sendo mobiliado a partir de doações . Dos dez caminhões de lixo que foram retirados da residência, dois estavam lotados de materiais recicláveis. A venda dos itens ajudou na arrecadação de dinheiro para comprar alimentos para a idosa, que também recebe valores do Benefício de Prestação Continuada (BPC).