Índice de pessoas com dano neurológico no Estado deve ser igual ou maior que o da microcefalia

Estudo do HR mapeou a origem dos pacientes que apresentaram Síndrome Guillian-Barré

Renata Coutinho

O número de pessoas que tiveram dano neurológico após infecção viral este ano no Estado ainda não foi definido, no entanto, os quadros devem acompanhar a velocidade da microcefalia, ou até serem superiores.  Pelo menos é o que alerta a chefe do Departamento de Neurologia do Hospital da Restauração (HR), Lúcia Brito. Segundo a especialista, um levantamento investiga 131 casos neurológicos que aconteceram entre dezembro de 2014 e julho deste ano, onde há uma prevalência de Síndrome Guillian-Barré (SGB). A doença teve 80 notificações, mas 69 foram revisadas e 42 confirmadas. Em seis pacientes foi atestado, em laboratório, a infecção pelo zika.

infectado

“No momento temos, dos casos aqui do HR, seis resultados. Quatro de síndrome de Guillian-Barré com zika positivo e duas pacientes com encefalomielite aguda em que foi positivo o zika vírus também”, disse a médica.  Ela ainda atestou que o achado é a primeira comprovação laboratorial do zika como provocador desses quadros cerebrais no mundo.

O estudo do HR mapeou a origem dos pacientes que apresentaram SGB. A maioria deles é moradora da Região Metropolitana do Recife (RMR). “O número maior de casos é entre Recife e Jaboatão. A Capital teve nove registros e Jaboatão 12. Juntas as cidades somam cerca de 60%” dos casos”, completou Lúcia Brito.  Contudo são 13 cidades na rota da síndrome. No interior há suspeitas de doentes em Ferreiros, Carpina, Vitória, Bezerros, Goiana e Ferreiros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *