Ipespe revela anatomia do eleitor brasileiro

 

Eleitor: divisões, contradições…

Anatomia do eleitor

O Globo – Poder em Jogo
Por Lydia Medeiros

O eleitor brasileiro  é contra as privatizações (64%), mas não quer a intervenção do Estado na economia (52%). Divide-se em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo (44% são contra e 44% são a favor) e não aceita a legalização da maconha (80%). Rejeita a ideia de legalizar o aborto (75%), aceitando-o apenas em caso de estupro (61%), o que jé permitido pela legislação.

O retrato emerge de pesquisa realizada pelo Ipespe para a XP investimentos, entre 18 e 20 de junho, com mil entrevistas feitas por telefone em todas as regiões do país e abrangendo todas as faixas e renda. Exibe contradições, especialmente quando o tema é a economia, e mostra que os candidatos terão de ser precisos na hora de propor soluções para os problemas do país.

Na área da segurança pública, por exemplo, o direito de ter uma arma, bandeira de Jair Bolsonaro (PSL), é apoiado por maioria frágil, de 52% dos entrevistados. Já a redução da maioridade penal para 16 anos tem ampla aceitação – 81% querem a mudança na lei.  Já temas como a pena de morte racham a opinião do eleitorado: 49% são favoráveis.

A reforma da Previdência, defendida por boa parte dos candidatos ao Planalto, embora com diferentes propostas, é rejeitada por 54% dos eleitores. Encontra maior aceitação entre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) – 67%. Entre os que optam por Marina Silva (Rede), o índice dos que querem a intervenção do governo na economia vai a 57% o mais alto entre os candidatos. Já o eleitor de Álvaro Dias (Podemos) é o mais liberal – só 41% apoiam maior presença estatal na área econômica.

A ideia de uma intervenção militar anima 52% dos consultados e divide até o eleitor de Bolsonaro, o mais identificado com o assunto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *