Jogo digital criado no Piauí apoiará educação de autistas

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Estudantes autistas de Teresina testaram e aprovaram um jogo digital sobre cores, criado por dois professores e três estudantes do curso de tecnólogo de análise e desenvolvimento de sistemas do Instituto Federal do Piauí, campus Teresina central. A primeira ferramenta desenvolvida pela equipe de pesquisa é para ensinar as cores primárias – vermelho, amarelo e azul –, mas o jogo, denominado G-TEA, será ampliado para possibilitar o ensino de letras, números, formas, sons, animais.

 Um dos criadores do jogo, o professor Otílio Paulo da Silva Neto, explica que o G-TEA é uma ferramenta que auxilia a aprendizagem de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), baseada na metodologia de análise do comportamento aplicado. O ensino deve ser conduzido, de preferência, por pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos.

 Com o G-TEA, o objetivo principal do grupo de pesquisa e criação do instituto é auxiliar os educadores a solucionar as dificuldades do aprendizado das cores por crianças e jovens autistas, mas o jogo pode ser usado de forma ampla na aprendizagem de crianças com ou sem deficiências, diz o professor.

 Durante os testes com estudantes da Associação de Amigos dos Autistas (AMA) do Piauí, Otílio da Silva Neto observou que o tablet despertou o interesse imediato das crianças e adolescentes, e o jogo veio depois. O importante para os criadores da ferramenta, diz o professor, é que os alunos brincaram e mantiveram o interesse.

 O próximo passo da equipe do instituto federal, formada pelos professores Otílio Paulo e Fernando Santana e pelos alunos Victor Hugo, João Manoel e Gleison Batista, será apresentar o protótipo do G-TEA no Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital (SBGames), que acontecerá de 16 a 18 deste mês, em São Paulo.

Outra decisão tomada pelos pesquisadores e pelo Instituto Federal do Piauí é sobre a distribuição da ferramenta, que será gratuita para qualquer público, por meio de um repositório web.

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