José Dirceu: “cachorro morto”

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O ex-deputado Maurílio Ferreira Lima (PMDB-PE), que como o ex-ministro José Dirceu também foi perseguido e exilado durante o regime militar, disse nesta terça-feira (4), no Recife, que o Brasil tende a ser outro após o encerramento da Operação Lava Jato.

“Hoje preso e com perspectiva de longa pena e pesada multa, José Dirceu é um vencido, na linguagem popular um ‘cachorro morto’. Faço 75 anos em 29/9 e há muito tempo que não aceito chutar cachorros mortos. Vi num filme uma frase que me marcou profundamente: quem se julga forte não tripudia sobre os fracos. Por essa razão exaltei o fato de a ordem jurídica ter sido plenamente respeitada em todo o episódio da nova prisão de José Dirceu e me recusei a emitir comentários sobre sua pessoa”, disse Maurílio Ferreira Lima.

A seu ver, o respeito à ordem jurídica o leva a concluir que não haverá tentativa de interromper o mandato, “legitimamente conquistado”, da presidente Dilma Rousseff.

José Dirceu foi transferido nesta terça-feira para uma cela da Polícia Federal em Curitiba, onde foi recebido com protestos por militantes antipetistas.

Na hora em que ele chegou ao local, procedente de Brasília, manifestantes soltaram fogos de artifício, exibindo bandeiras do Brasil e faixas de protesto.

Também hoje, em São Paulo, a direção nacional do PT se reuniu para avaliar a crise política mas se negou a divulgar nota de solidariedade ao ex-ministro da Casa Civil.

Segundo o presidente Rui Falcão, já que a acusação falou é necessário aguardar, agora, que o ex-ministro apresente também suas contrarrazões.

“Para mim, qualquer pessoa que seja acusada é inocente até que provem o contrário. Dirceu e todos os acusados são inocentes, não são réus, até que se prove o contrário”, afirmou.

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